Pular para o conteúdo principal

Alckmin rescinde contrato de construção da Linha 4

Linha fina
Governo alega que as empresas cometeram várias irregularidades e não cumpriram prazos. Isolux Córsan e Corviam dizem que o Metrô deixou de apresentar projetos
Imagem Destaque
São Paulo – O governo de São Paulo rescindiu na quinta 30 o contrato com o consórcio Isolux Córsan-Corviam, para construção das estações restantes da Linha 4-Amarela do Metrô – Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire. O consórcio foi notificado na quarta 29, e a multa pode chegar a R$ 23 milhões. Segundo o governo, a medida foi tomada devido ao descumprimento dos prazos para entrega das estações, abandono de obras, violações de cláusulas contratuais e falta de pagamento das empresas subcontratadas.

O valor total dos contratos, que correspondem a dois lotes de obras, era de R$ 559 milhões. Essa fase das obras foi iniciada em 2012 e as estações estavam previstas para ser entregues – após vários adiamentos – em 2016 (Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire), 2017 (São Paulo-Morumbi) e 2018 (Vila Sônia). A previsão agora é que as duas previstas para 2016 só sejam entregues em 2017. A primeira previsão de entrega de toda a linha era 2010.

Em março deste ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já havia ameaçado romper o contrato e abrir uma nova licitação, mas não o fez. Agora, o governo informou que lançará um novo edital de licitação nos próximos dias. O consórcio Isolux Córsan-Corviam, no entanto, continua alegando que o Metrô não entregou projetos executivos que seriam indispensáveis para a continuidade das obras.

A linha 4-Amarela começou a ser construída em setembro de 2004 e é a única operada por uma empresa privada. Além dos atrasos, houve um acidente em 2007, quando uma cratera se abriu nas obras da estação Pinheiros, matando sete pessoas. Até hoje ninguém foi responsabilizado pelo acidente.


Rede Brasil Atual - 30/7/2015
seja socio