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Ato lembra 20 anos do massacre de Corumbiara

Linha fina
Manifestação organizada pela CUT abordará massacre de nove trabalhadores sem-terra em Rondônia
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São Paulo - A subsede da CUT São Paulo em Osasco promoverá o encontro “20 anos do massacre de Corumbiara”, para lembrar o massacre de nove trabalhadores sem-terra no município de Rondônia, região Norte do País. Será no sábado 1º, a partir das 18h.

No dia 9 de agosto de 1995 também morreram dois policiais e uma pessoa não identificada – especula-se ser um pistoleiro - durante uma reintegração de posse da fazenda Elina.

A atividade será na Igreja Nossa Senhora Aparecida (Rua General Labatut, 19 – Piratininga, em Osasco-SP). Haverá celebração, seguida por ato público e pelo lançamento do livro Corumbiara, caso enterrado (Editora Elefante), do jornalista João Peres, com fotos de Gerardo Lazzari.

> Jornalista conta história de Corumbiara

Além do autor, participarão da atividade o vice-presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, o bispo de Osasco, Dom João Bosco, o deputado federal Valmir Prascidelli (PT-SP), a vereadora de Osasco, Mazé Favarão (PT) e o secretário de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, Eduardo Suplicy.

O encontro contará ainda com o representante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Gilmar Mauro, e com a representante do Instituto Adelino Ramos, Célia Ramos.

O coordenador da subsede da CUT/SP em Osasco, Valdir Fernandes, o Tafarel, acredita que é preciso resgatar histórias como essa para que situações semelhantes não caiam no esquecimento ou se repitam. “A luta por reforma agrária existe desde a invasão portuguesa e Corumbiara foi mais um caso de impunidade. Afinal, por que os policiais militares tiveram um segundo julgamento e os sem-terra não? O nosso compromisso é manter viva essa história para que as gerações seguintes percebam como é grave a questão da justiça em nosso País e que a disputa por terra continua”, diz.

Para o jornalista e autor do livro, João Peres, que pesquisou sobre o caso durante três anos, alguns motivos explicam a importância de relembrar a chacina. “Entre as outras forças envolvidas, podemos dizer que os fazendeiros locais nunca tiveram interesse algum em que o caso continuasse à tona, por motivos óbvios. A Polícia Militar, como instituição, tampouco manifestou qualquer intenção de contar sua versão. Como o número de PMs condenados é pequeno, três pessoas, eles formam um grupo irrelevante na tentativa de manter este caso em evidência”, relata.

De acordo com o fotógrafo Gerardo Lazzari, que viajou até a região, as marcas do ocorrido permanecem como fantasmas de um conflito mal resolvido. “Elas aparecem nos rostos das pessoas, nos corpos dos que sofreram a agressão”, resume.
SERVIÇO
Quando: 1º de agosto
Horário: a partir das 18h
Local: Igreja Nossa Senhora Aparecida - Rua General Labatut nº 19, no bairro Piratininga, em Osasco-SP, próximo ao prédio do INSS.


CUT Osasco - 29/7/2015
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