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Hospitais não se opõem ao fechamento da Paulista

Linha fina
Prefeitura estuda interditar avenida para veículos automotores aos domingos a fim de destiná-la exclusivamente para o lazer; região comporta muitos centros médicos
Imagem Destaque
São Paulo – Na região da Avenida Paulista existem 15 hospitais e nenhum deles se opôs à proibição da circulação de automóveis na via, segundo apurou a Carta Capital. Essa possibilidade foi aventada a partir de 28 de maio, data da inauguração da ciclovia de 2,7 km, quando os carros foram vetados no local.

A partir do sucesso da experiência, a gestão Fernando Haddad (PT) estuda agora abrir a avenida todos os domingos para o lazer, deixando-a fechada para veículos automotores.

Segundo levantamento da Prefeitura de São Paulo, os 15 hospitais estão localizados em um raio de 500 metros por toda a extensão da avenida, sendo que três deles não têm pronto-socorro, ou seja, não recebem ambulâncias.

A reportagem da Carta Capital entrou em contato com todos. Três não atenderam – Hospital 9 de Julho, Instituto do Coração e Oswaldo Cruz – e dentre todos os demais, nenhum se opôs à medida.

Segundo o Hospital Sírio-Libanês não há problema algum no eventual fechamento da Paulista, já que a CET indica outras rotas funcionais sempre que há grandes eventos na avenida. O Hospital e Maternidade SacreCoeur, o São José e o TotalCor também afirmaram que rotas alternativas de acesso ao local funcionaram satisfatoriamente nesses dias.

O Santa Catarina, localizado na avenida, informou dispor de acessos alternativos e que a entrada de seu pronto-socorro fica numa rua transversal, a Teixeira da Silva. Propõe apenas que a abertura da Avenida Paulista para o público aconteça entre a Praça do Ciclista e essa rua.

Também foram ouvidos os hospitais Beneficência Portuguesa de São Paulo e a maternidade Santa Joana. Ambos afirmaram utilizar sem problemas os acessos alternativos para pacientes e funcionários em dias em que há muito tráfego ou manifestações na região.

O poder público municipal agora irá encaminhar o pedido ao Ministério Público, e não há ainda uma previsão para a que a abertura da Paulista para o lazer aos domingos torne-se fixa. Cai por terra, entretanto, o mito de que o “fechamento” da via por manifestações ou para o uso exclusivo para pedestres e ciclistas aos domingos seja um problema para os hospitais da região.


Redação, com informações da Carta Capital – 14/7/2015
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