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Chapéu
Antissindical

Santander desrespeita negociação e altera horário de agências

Linha fina
Banco mais uma vez age de forma antissindical e autoritária, ao ampliar em 1 hora o funcionamento das agências sem qualquer debate no comitê de crise, criado pelos sindicatos e a Fenaban para discutir medidas na pandemia
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Sem qualquer negociação com os representantes dos trabalhadores, o Santander alterou o horário de funcionamento das agências. Em comunicado, o banco informa que, a partir desta segunda-feira 27, o atendimento passará a ser das 9h às 10h, para grupos de risco à covid-19, e das 10h às 15h para o público em geral, ou seja, as agências não mais fecharão às 14h, ampliando assim em 1 hora o atendimento ao público.

“Trata-se de mais um atitude antissindical e de desrespeito do Santander ao Comitê de Crise, fórum criado desde o início da pandemia de coronavírus para que as medidas tomadas pelas instituições financeiras durante a crise sanitária fossem discutidas em conjunto por representantes dos bancos e dos trabalhadores. Ou seja, os sindicatos e a Fenaban debatem e adotam medidas no comitê e o Santander afronta a negociação agindo de forma autoritária”, critica a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Maria Rosani, que coordena as mesas de negociação com o Santander.

Rosani lembra que o desrespeito do Santander pelo negociado não é novidade durante a pandemia. “Antes disso, o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, já tinha descumprido o acordo, firmado pelo banco, de não demitir durante a crise sanitária. Hoje estima-se em mais de 600 o número de demitidos pelo banco. Agora mais uma vez, o senhor Sérgio Rial coloca em risco a vida dos trabalhadores ao aumentar em 1 hora o tempo de contato com o público.”

Projeções escancaram descasos do Santander

Além disso, destaca a dirigente, o banco adotou outra medida que põe em risco os trabalhadores. “Como se não bastassem as cobranças abusiva de metas que não cessaram durante a crise, o banco ainda cria a campanha 'Rumo a Mais um Milhão de Clientes', que consiste em visitas para prospecção de clientes nas ruas, em plena pandemia, colocando em risco de contágio os bancários e os clientes. A ganância do banco por mais lucro vai além do respeito à vida”, denuncia Maria Rosani.

“Estamos cobrando o banco sobre essas mudanças que são extremamente prejudiciais aos bancários e seus familiares e aos clientes”, acrescenta.

 

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