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Santander se compromete a dialogar com movimento sindical após protestos contra reestruturação

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Arte com fundo vermelho. No lado esquerdo, o texto escrito na cor branca: "Santander, queremos mais contratações de bancários!" No lado direito, um desenho com uma fila de três bonecos em frente a uma porta, representando a contratação de mais trabalhadores

Após bancários protestarem em agências do Santander de todo o país nesta terça-feira 26, a direção do banco se comprometeu a dialogar com a Comissão de Organização dos Empregados (COE). Uma reunião será marcada para tratar da reestruturação que está resultando na extensão do horário de atendimento gerencial, na extinção dos cargos de gerentes de atendimento, em demissões e na terceirização de diversos setores.

“Buscamos sempre priorizar o processo de negociação com os bancos. Acreditamos que é a melhor solução para a resolução de conflitos. Por isso, as agências foram liberadas a partir das 10h”, relata a coordenadora da COE, Lucimara Malaquias. “O banco se comprometeu a dialogar a respeito de todos estes problemas que estão impactando nos trabalhadores do banco, mas os protestos podem continuar futuramente, se o Santander continuar adotando a postura de se negar a negociar com o movimento sindical”, acrescenta.

A reestruturação

O Santander vem promovendo há anos uma reestruturação com demissões, falta de contratação de funcionários, terceirizações de setores inteiros, automatização de funções, extinção do cargo de gerente de atendimento (o que levou à sobrecarga dos gerentes de negócios e serviços), ampliação do horário de atendimento gerencial das 9h às 17h.

“A ampliação do horário afetará mais as agências periféricas, porque atendem um volume maior de clientes. Como muitos problemas levam mais de uma hora para serem solucionados, o funcionamento pode ir até depois das 17h”, observou a coordenadora da COE.

Publicamente o Santander alega buscar proximidade com os clientes. “Mas, na prática, o banco está empurrando as pessoas para o atendimento digital e cortando postos de trabalho que poderiam melhorar o atendimento, o que contradiz este discurso”, disse Lucimara.

Dados do balanço do Santander mostram que, em um ano, a carteira digital do banco cresceu 17%; no mesmo período houve crescimento de 8% de clientes tradicionais. Em cinco anos, do primeiro trimestre de 2016 ao primeiro trimestre de 2022, a média de clientes por funcionário cresceu de 656 para 1.116. No período houve aumento de 166% no número de clientes e redução de 2,1% no número de funcionários.

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