O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região convoca a categoria para o Dia Nacional de Luta contra os Assédios Moral e Sexual, que ocorrerá nesta terça-feira, dia 5 de julho.
A mobilização é uma resposta às recentes denúncias de assédio sexual contra o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que pediu demissão do cargo na última quarta-feira, 29.
O ato também é convocado pelo Comando Nacional dos Bancários, que se reúne com a Fenaban (federação dos bancos) na quarta-feira 6, às 14h, para discutir o tema na mesa de igualdade de oportunidades.
Entenda
Pedro Guimarães foi acusado de assédio sexual por um grupo de bancárias da Caixa. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal desde o ano passado, sob sigilo, e só veio a público na semana passada, em reportagem do portal Metrópoles. Depois da repercussão do caso, mais 53 novas denúncias foram registrados e os relatos de assédio moral repercutiram nos noticiários, dando conta de que a Caixa vivia sobre uma gestão de medo.
“Ele pediu demissão e, em carta ao presidente Bolsonaro, negou as acusações. Mas isso não basta. Queremos que o caso seja devidamente investigado em processo interno no banco, e que caso comprovadas as denúncias, ele seja punido. Não podemos nos calar diante de acusações tão graves de bancárias que romperam o silêncio em um ato de coragem.”
Ivone Silva, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria nas mesas de negociação com a Fenaban.
“Esse ato é para pedir essa apuração rigorosa e para que a categoria se manifeste contra qualquer tipo de assédio, pois sabemos que o ambiente de trabalho bancário, com cobrança excessiva de metas, é um campo fértil para esse problema. Os bancários estão entre os que mais adoecem em consequência da violência institucionalizada nas instituições financeiras. Basta de assédio moral e sexual!”, acrescenta Ivone.
Atos presenciais e nas redes
O Dia Nacional de Luta contra os Assédios Moral e Sexual terá atos presenciais em agências e prédios administrativo dos bancos, principalmente na Caixa, a fim de dialogar com a categoria e com a população local.
O movimento sindical bancário convida representantes de movimentos sociais, feministas e de direitos humanos de todas as cidades e regiões do país para e somar a essa luta que é de todos e todas e intensificar as ações de rua.
Os atos e as mobilizações terão o foco dirigido ao respeito às mulheres, à equidade de condições no trabalho, à exigência de respeito e acolhimento às colegas denunciantes dos casos ocorridos na Caixa.
Além das manifestações de rua, os movimentos farão mobilizações nas redes socais, usando a hastag: #BastaDeAssedio. Pedimos que bancárias, bancários e cidadãos em geral participem.