A Comissão de Organização dos Empregados (COE Santander) reuniu-se com representantes do banco para cobrar explicações sobre o modelo de atendimento “Santander Perto”, que está sendo implementado pela instituição financeira.
Essas unidades fazem parte do conglomerado Santander, mas são classificadas como correspondentes bancários, e seus empregados não fazem parte da categoria bancária.
“Expressamos nossa preocupação com este modelo de atendimento. O banco é uma concessão pública, tem o dever de oferecer um atendimento de qualidade, e não pode precarizar o atendimento aos clientes e o trabalho por meio da implantação destes correspondentes bancários”, afirma Wanessa de Queiroz, coordenadora da COE Santander, que representa os bancários nas negociações com o banco.
Na reunião realizada nesta segunda-feira 10, os representantes do banco informaram que existem 15 unidades deste modelo em todo o país. Elas foram concebidas para atender clientes que circulam em áreas com grande concentração de comércio; e oferecem serviços como pagamento de contas, recarga de celular e concessão de crédito consignado.
Os representantes do banco garantiram na reunião que as agências bancárias não serão substituídas por este novo modelo.
Mesmo assim, o Santander fechou 286 agências somente em 2022 e tem apostado em um novo formato de atendimento em suas unidades, sem caixas, sem gerentes operacionais e sem portas de segurança.
“São um absurdo as políticas de redução de custos praticadas pelo banco. Além disso, os correspondentes bancários são terceirizados, não recebem o piso salarial e nem os direitos da categoria bancária. O movimento sindical exige mais aberturas de agências bancárias e mais contratações para atender a população em todas as regiões do país, em especial em cidades periféricas onde há uma grande concentração de clientes sem atendimento bancário.”
Wanessa de Queiroz, coordenadora da COE Santander