
O Sindicato dos Bancários de São Paulo protestou diante de uma agência do Santander que se somará às centenas fechadas pelo banco nos últimos anos. A unidade, que encerrará as atividades no dia 18, fica na Cidade Ademar, bairro na periferia da zona sul de São Paulo.
A atividade realizada nesta sexta-feira 4 integra a campanha “Santander, o Exterminador do Futuro”, e contou com caixão e cruzes simbolizando a morte de mais um local de atendimento bancário e de mais empregos na instituição espanhola.
“O Santander é um exterminador de agências, de postos de trabalho bancários e do futuro de pais e mães de família que perdem seus empregos enquanto o lucro do banco cresce 48% em um ano”, protesta Roberto Paulino, dirigente sindical e bancário do Santander.
De acordo com o Banco Central, entre 2019 e 2024 foram fechadas 301 agências do Santander em todo o país, redução de 11%. Entre 2019 e 2024, o Santander fechou, em média, uma agência por semana. No Estado de São Paulo, a redução foi ainda mais acentuada: queda de 16% no número de agências no período.
Além da eliminação de postos de trabalho, o fechamento da unidade também trará problemas para a população do bairro, que ficará sem atendimento bancário pessoal na região.
“Tem muito aposentado, muitos idosos que buscam atendimento presencial, e que agora terão de se deslocar até a agência mais próxima, que fica a cinco quilômetros de distância”, relata Roberto.
O dirigente lembra que o serviço bancário não é de graça. “Os clientes pagam tarifas bancárias para terem direito a atendimento pessoal. E o banco opera como concessão pública. Se é concessão pública, deve ser acessível para todo mundo, mas a política atual de fechamento de agências praticada pelo Santander vem privando grande parte da população de atendimento bancário”, critica.
“Seguiremos denunciando à população brasileira, da qual o Santander tira tanto dinheiro por meio de tarifas abusivas e juros extorsivos, as práticas nocivas do banco espanhol no Brasil, que incluem fraude na contratação, fechamento de agências, renúncias fiscais e demissões. Tudo isso no país que responde por quase 20% do lucro global do conglomerado. Santander, respeite o Brasil e os brasileiros”, afirma Roberto.
