Na quarta-feira 23, o Sindicato realizou mais um protesto contra o fechamento de agências bancárias pelo Itaú. Desta vez, o ato foi na agência Deputado Emílio Carlos, no bairro do Limão, zona norte da capital paulista, no seu último dia de funcionamento.
Somente neste ano, 120 agências do Itaú foram fechadas e outras 55 estão em fase de encerramento em todo o Brasil. Tudo isso enquanto o banco registra lucro de R$ 11 bilhões no primeiro semestre de 2025, um crescimento de 13,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Dirigentes do Sindicato levaram um caixão e cruzes até a agência Deputado Emílio Carlos, simbolizando o fechamento da unidade e o extermínio de empregos. Durante o ato, os dirigentes dialogaram com os bancários da unidade, clientes e a população da região, todos prejudicados pelo fechamento da agência.
“O fechamento desta e outras agências do Itaú prejudica os bancários da unidade, que vivem uma insegurança quanto à realocação. Lembrando que, ao contrário dos agentes de negócios, que possuem maior facilidade de absorção por outras unidades, os gerentes de atendimento e gerentes gerais de agência enfrentam travas no programa de oportunidades do banco para promoções, transferências e também impedimentos para mobilidade entre diferentes regionais”, destaca a dirigente do Sindicato e bancária do Itaú Adriana Magalhães.
“Também são prejudicados bancários de outras agências que permanecem abertas, que já sobrecarregados precisam absorver a demanda das unidades fechadas. E, claro, são prejudicados clientes, especialmente idosos, o comércio local e a população da região como um todo”, acrescenta.
O Sindicato seguirá intensificando os protestos e cobrando que o Itaú, além de garantir a realocação de todos os bancários impactados, interrompa esta agressiva política de fechamento de agências.
“O Brasil ultrapassará 40 milhões de idosos ainda em 2025, consolidando-se como o sexto país com mais pessoas acima dos 60 anos. Além disso, muitos clientes estão voltando para as agências, buscando o atendimento presencial, em razão do enorme número de golpes digitais. Um banco como o Itaú, com seu lucro exorbitante, que opera como concessão pública, tem a obrigação de garantir o atendimento devido para a população brasileira. Seguiremos firmes nesta luta contra o fechamento de agências e em defesa dos empregos bancários”, conclui a também dirigente do Sindicato e bancária do Itaú Márcia Basqueira.
