São Paulo – Bancários da Caixa em todo o país estarão mobilizados na terça-feira 15 de agosto em Dia Nacional de Luta contra medidas do governo que estão reduzindo o tamanho e o papel social do banco público, prejudicando trabalhadores e clientes.
Durante os protestos, será distribuída carta aberta aos empregados e à população com críticas às ações que estão sendo implementadas pela atual direção do banco, empossada no governo Temer. Entre elas, a ampliação do programa GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas), considerado uma ferramenta de assédio moral institucionalizada; a verticalização, que prejudica clientes, principalmente os de baixa renda; e a reestruturação, que ataca áreas responsáveis por programas sociais tão importantes para a população e para o desenvolvimento do país.
Mesa de negociação – No mesmo dia da mobilização nacional, ocorrerá mesa de negociação entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a direção do banco, pela manhã, em Brasília. Na reunião, serão abordadas essas medidas e também a RH 037, que abre a possibilidade de contratação de bancários temporários.
“Na negociação, vamos cobrar a revogação do RH 037 e deixar claro que não aceitaremos terceirização na atividade-fim do banco, que contraria inclusive TAC [Termo de Ajustamento de Conduta] assinado pela Caixa. Vamos cobrar também o fim do GDP, da verticalização que precariza o atendimento à população e retira funções de comissionados; além do fim da reestruturação”, diz o diretor do Sindicato e coordenador da CEE, Dionísio Reis. “Vamos também nos posicionar mais uma vez pela contratação de mais empregados e em defesa da Caixa 100% pública”, acrescenta.
Carta aberta – O documento destaca que o objetivo da mobilização é cobrar do governo Temer e da direção da Caixa mais respeito à população e aos empregados: “Nossas manifestações visam alertar os brasileiros para o processo de desmonte ao qual está sendo submetida a Caixa, uma instituição financeira centenária que tem contribuído para o desenvolvimento do país, por meio de programas de geração de emprego e renda, financiamento habitacional, incentivo ao turismo, redução da desigualdade regional, dentre outras.”
A carta também destaca a redução de postos de trabalho no banco, que chegou a ter 101 mil empregados em 2014 e poderá ficar com menos de 90 mil, após o Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE), reaberto em 14 de julho pela empresa.
Destaca ainda que a redução ou enxugamento de unidades, com a reestruturação que está sendo posta em prática no banco, “trará impactos negativos em áreas vitais para a população, como o atendimento do FGTS, programas sociais, habitação, entre outros”.
Nas redes – O movimento sindical conclama os empregados a se mobilizarem também nas redes sociais, postando fotos e relatos das atividades nos estados, utilizando #caixarespeiteoempregado.
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