São Paulo – A produção industrial ficou estável de maio para junho, segundo informou na terça 1º o IBGE. A atividade ainda mostra comportamento instável, alternando altas e quedas no ano. Na comparação com o mês de junho de 2016, a produção tem ligeiro avanço, de 0,5%, mesmo percentual acumulado no primeiro semestre. Em 12 meses, cai 1,9%, reduzindo o ritmo de queda. O instituto ainda não vê uma trajetória "consistente" que indique recuperação, de acordo com matéria da Rede Brasil Atual.
No mês, 12 dos 24 ramos tiveram redução, com destaque para veículos automotores (-3,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,2%) e coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,7%). Dos nove ramos com alta, o IBGE ressalta o de produtos alimentícios (4,5%).
Em relação a junho do ano passado, que teve um dia útil a mais, o instituto apurou resultado positivo em três das quatro categorias, 13 dos 26 ramos, 38 dos 79 grupos e 46,1% dos 805 produtos pesquisados. A maior influência positiva veio de produtos alimentícios, que cresceu 7,2%. Outros destaques foram indústrias extrativas (4,5%), veículos automotores (6,6%), máquinas e equipamentos (5,8%), produtos do fumo (30%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (10,9%) e celulose, papel e produtos de papel (5,1%). Entre as atividades em queda, estão derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,3%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-18,7%), outros produtos químicos (-6,5%) e outros equipamentos de transporte (-22,4%).
No semestre, houve alta em duas das quatro categorias econômicas, 13 dos 26 ramos, 41 dos 79 grupos e 51,1% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, o IBGE destaca veículos automotores (11,7%) e indústrias extrativas (6%) como as principais influências positivas para o resultado. Das 13 atividades em baixa, produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,6%) e produtos alimentícios (-2,2%) proporcionaram as principais influências negativas.
CNI - Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o faturamento do setor caiu 2,4% de maio para junho, as horas trabalhadas na produção recuou 1,3% e a utilização da capacidade instalada diminuiu em 0,4 ponto percentual. O nível de emprego caiu 0,2%, enquanto o rendimento médio real cresceu 1,6%. "Embora o prolongado período de queda da atividade e da piora do mercado de trabalho tenha ficado para trás, os Indicadores Industriais ainda não mostram recuperação", diz a entidade.
No semestre, em relação a igual período de 2016, o faturamento recuou 5,9%, as horas trabalhadas diminuíram em 3,3%, o emprego caiu 3,9% e o rendimento médio avançou 0,5%.