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Chapéu
Basta! Não irão nos calar

Sindicato disponibiliza número exclusivo para vítimas de violência doméstica

Linha fina
O atendimento é o mesmo. A diferença é que a vítima já fala diretamente com a advogada plantonista, via Whatsapp, pelo (11) 973257975
Imagem Destaque
Montagem: Fabiana Tamashiro

Com 87 casos registrados ao longo do primeiro semestre deste ano, o número de feminicídios no estado de São Paulo superou o registrado no mesmo período de 2016 (31 casos). As informações foram divulgadas pela Agência Patrícia Galvão um dia antes da Lei Maria da Penha, criada com o intuito de coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, completar 14 anos (7 de agosto).

Segundo levantamento, de 2017 pra cá, os números cresceram a cada ano. Em 2017, foram 48 casos. em 2018, 57 registros; e em 2019, 85 ocorrências. Com o período de isolamento por conta da pandemia de coronavírus, 2020 deve fechar o ano com uma triste estatística, segundo o site.

Basta! Não irão nos calar

Mesmo com a pandemia de coronavírus, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região mantém o serviço de atendimento jurídico especializado a mulheres vítimas de violência doméstica e de gênero por meio do projeto Basta! Não Irão nos Calar. O agendamento, que está sendo realizado via Central de Atendimento, por chat ou pelo telefone 4949-5998, agora também poderá ser feito via Whatsapp por meio do número 11 97325-7975 (Clique aqui para falar diretamente via WhatsApp).

"A novidade no projeto foi lançada no mês em que a Lei Maria da Penha completa 14 anos, um marco na luta pela criminalização da violência de gênero e pela responsabilização do Estado em promover uma política de enfrentamento à violência contra a mulher no país. Embora os atuais governos municipal, estadual e federal não invistam no combate à violência contra as mulheres, a conquista dessa lei nos dá o direito de cobrar do poder público que proteja a vida das mulheres", diz Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato.

O secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Ernesto Izumi, ressalta que o serviço de atendimento ocorre nos mesmos moldes. A diferença é que pelo aplicativo, a vítima fala imediatamente com a advogada plantonista e o encaminhamento ocorre mais rápido.

"O serviço já funciona muito bem nos moldes que ele ocorre contemplando desde a parte de orientação jurídica, encaminhamento para a Rede Municipal de Enfrentamento à Violência Doméstica e demais serviços necessários para que a vítima possa superar esta situação de violência até o ingresso de ações judiciais, tanto as penais quanto as cíveis (dissolução da relação conjugal, pensão, guarda etc). Com as estatísticas crescendo no período de isolamento, precisamos agir rápido e dar o suporte o quando antes. E pelo aplicativo de mensagens, vimos mais essa oportunidade de atendimento. A vítima não pode esperar",  enfatiza Izumi.

Serviços realizados

O Sindicato oferece serviço jurídico especializado e atua em parceria com a Rede Municipal de Enfrentamento à Violência Doméstica, atendendo as demandas jurídicas de bancárias e não bancárias em situação de violência doméstica e de gênero, contribuindo para a plena superação do contexto de violência.

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