Em assembleia virtual nesta quarta-feira 11, os bancários da base do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região elegeram seus representantes para a 23ª Conferência Estadual dos Bancários, que ocorrerá, também de forma virtual, no dia 21 de agosto. Em votação expressiva, que começou às 8h e encerrou às 20h, os trabalhadores elegeram delegados em uma chapa única, com representantes da CUT, Intersindical, CTB e outras centrais sindicais. Estes delegados levarão os debates e propostas dos trabalhadores da base do Sindicato para a Conferência Estadual, que por sua vez, elegerá representantes para a 23ª Conferência Nacional dos Bancários, a ser realizada nos dias 3 e 4 de setembro, também virtualmente por conta da pandemia de coronavírus.
Esse processo, que inclui ainda encontros por bancos (veja links abaixo), faz parte da campanha da categoria, que ocorre anualmente neste mesmo período. Mas este ano, por conta do acordo de dois anos conquistado em 2020, os bancários já têm definidos os reajustes nos salários, demais verbas e PLR, assim como têm todos os demais direitos garantidos na CCT, com validade até 31 de agosto de 2022. Portanto, na data base da categoria - 1º de setembro -, os bancários terão a reposição da inflação (INPC acumulado entre setembro de 2020 a agosto de 2021) + aumento real de 0,5% sobre salários, VA e VR e demais verbas (13ª cesta, auxílio creche/babá, vale transporte, auxílio-funeral, requalificação profissional, entre outras), e sobre o valor fixo, parcela adicional e tetos da PLR.
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“O acordo de dois anos, que conquistamos em meio a um cenário de desmonte de direitos trabalhistas, nos garantiu avanços em 2020 e também para este ano. No entanto, os trabalhadores continuam sendo atacados por este governo e por parte do Congresso, e precisamos nos mobilizar contra esses ataques”, diz a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.
“Com aumento real e direitos resguardados este ano, podemos nos organizar para outras lutas como a defesa dos empregos bancários, a defesa dos bancos públicos e do patrimônio nacional, que estão sendo dilapidados por este governo; e ainda por pautas mais gerais e também fundamentais para a categoria e a sociedade como a defesa da democracia, também ameaçada pelo governo Bolsonaro; por uma reforma tributária justa; contra os ataques aos direitos dos trabalhadores - um deles é a MP 1045. Essas são algumas das pautas que iremos discutir na nossa Campanha Nacional deste ano. Um debate importantíssimo porque define que país queremos construir e o que não podemos deixar destruir. Portanto, a participação de todos os bancários é fundamental”, convoca a dirigente.