O último painel do dia que encerrou o 6º Congresso da UNI Global Union - sindicato global que representa mais de 20 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em todo mundo - abordou questões relacionadas aos jovens trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo.
A secretária-geral do Sindicato e presidenta mundial de Juventude da UNI Global Union, Lucimara Malaquias, abriu a sua fala afirmando que as consequências da crise climática, das guerras, dos conflitos geopolíticos e da inteligência artificial "têm gerado fortes impactos econômicos que afetam drasticamente os níveis de emprego e as condições de vida de todos, mas principalmente dos mais jovens".
Também representaram a juventude bancária brasileira, na delegação da Contraf-CUT, o dirigente do Sindicato, Edegar Faria; e a secretária de Juventude da Contraf-CUT, Bianca Garbelini.
Sindicatos empoderando os jovens
Lucimara citou que a conjuntura atual deu origem ao que especialistas chamam de desilusão juvenil, traduzida na falta de confiança nas estruturas econômicas, políticas e sociais. De acordo com a dirigente, esse sentimento pode representar uma ameaça às conquistas sociais, ameaçando a estabilidade econômica e, consequentemente, o bem-estar coletivo. "Os sindicatos podem e devem ser espaços de acolhimento e de empoderamento dos jovens", avalia.
No 6º Congresso da UNI Global Union foi aprovada moção na qual os sindicatos se comprometem com a formação e inclusão dos jovens nos fóruns de debate da UNI Global Union.
"Como líderes sindicais, temos a responsabilidade de apoiar nossos jovens, investir em suas habilidades e capacidades, construir uma geração de líderes que fortalecerá nosso movimento e nos ajudará a avançar nos direitos coletivos. Mas, para isso, precisamos lembrar quem fomos, quem somos e como chegamos até aqui como ativistas e transformadores sociais. A mensagem da juventude da Uni Global é que ´precisamos promover uma mudança que não seja apenas do sistema, mas uma mudança civilizatória. E não se promove uma mudança civilizatória sem a participação e a voz da juventude´. Apoiem, ouçam e valorizem os jovens. Viva a juventude da UNI", concluiu a secretária-geral do Sindicato e presidenta mundial de Juventude da UNI Global Union.