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Chapéu
Campanha dos Bancários 2024

Reajuste 2024: Bancários nas ruas e redes por aumento real

Imagem Destaque
Dia Nacional de Luta no Radar Santander. Na foto, bancários reunidos na porta do local

Bancários e bancárias de todo o país mobilizaram as redes, ruas e locais de trabalho nesta quinta-feira, 15 de agosto, em Dia Nacional de Luta para pressionar os bancos para que apresentem uma proposta completa que contemple as reivindicações da categoria na Campanha Nacional 2024 – mobilização para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) - incluído o aumento real de 5% nos salários, na PLR e demais verbas, e reajustes maiores para VA e VR.

Em São Paulo, Osasco e região, o Sindicato realizou protestos com o retardo da abertura de diversas agências e concentrações bancárias, entre elas o Centro Tecnológico (CT), do Itaú; e o Radar Santander.  

Reivindicações foram entregues há dois meses

A minuta de reivindicações dos bancários – elaborada com base na Consulta Nacional, respondida por cerca de 47 mil trabalhadores e aprovada na 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – foi entregue para a Fenaban (federação dos bancos) em 18 de junho.

“Faz dois meses que entregamos a nossa pauta para os banqueiros, ao longo das sete rodadas de negociação apresentamos informações e dados que mostram a realidade dos bancários e a capacidade do setor de atender as reivindicações, e até agora os bancos não apresentarem uma proposta global, que possa ser analisada pela categoria. O setor bancário, o mais lucrativo da economia, tem todas as condições de valorizar os trabalhadores que constroem seus resultados dia após dia”, enfatiza a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro.

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários

Confira as principais reivindicações econômicas dos bancários:

• Reajuste salarial que corresponda à reposição da inflação (INPC acumulado entre 1º de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2024), mais 5% de aumento real;
• Reajuste que corresponda à reposição da inflação mais 5% de aumento real também para os vales alimentação e refeição;
• Reajuste que corresponda à reposição da inflação mais 5% de aumento real também nas parcelas fixas e nos tetos da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

Bancos podem atender as reivindicações

Os resultados dos bancos provam que o setor possui todas as condições de promover a valorização da categoria e a melhoria nas condições de trabalho. Apenas no primeiro trimestre deste anos, os cinco maiores bancos lucraram R$ 29,2 bilhões, crescimento de 15,2% em relação ao mesmo período de 2023.

“Nos últimos 10 anos, o lucro dos bancos cresceu 169% acima da inflação e a rentabilidade média do setor é de 15% acima da inflação, muito maior que a dos bancos de outros países como os EUA (6,5%) e Inglaterra (9%). Então, com todos esses excelentes resultados, não há justificativa para não trazerem respostas para o reajuste dos bancários”, enfatiza a presidenta do Sindicato.

Cenário econômico

Soma-se ao excelente resultado dos bancos, o melhor cenário econômico do país, com queda gradativa da inflação. O INPC acumulado na última data-base da categoria bancária foi de 4,06%. Atualmente está em 3,7% e a expectativa para data-base dos bancários é de 4,04%.

Além disso, a inflação controlada e o mercado de trabalho aquecido contribuem para negociações de reajustes salariais vantajosos. Segundo levantamento do Dieese, em 86,1% das negociações realizadas entre janeiro e abril de 2024 os reajustes foram maiores que o INPC. O ganho real médio conquistado foi de 1,59%.

Calendário de luta

Além da mobilização nacional desta quinta, os bancários farão outro Dia Nacional de Luta no dia 19, véspera da próxima mesa de negociação com a Fenaban.

“Seguiremos intensificando cada vez mais as nossas mobilizações, nas ruas e redes, para que os banqueiros apresentem uma proposta decente, que garanta a justa valorização da categoria e a melhoria das condições de trabalho”, conclui Neiva Ribeiro.

Calendário de negociações

  • 20 de agosto
  • 21 de agosto
  • 27 de agosto

Saiba como foram as mesas de negociação

  • primeira mesa discutiu empregos;
  • segunda mesa debateu cláusulas sociais - em especial teletrabalho, tecnologia e jornada de 4 dias;
  • terceira mesa debateu igualdade de oportunidades;
  • quarta mesa foi sobre PCDs, neurodivergentes e segurança bancária;
  • quinta mesa foi sobre saúde e condições de trabalho;
  • sexta mesa iniciou o debate sobre as cláusulas econômicas;
  • debate que seguiu na sétima mesa.
  • Paralelamente, ocorrem também as mesas de negociação específicas para a renovação dos acordos da Caixa e do Banco do Brasil. Acompanhe essas negociações nas páginas do BB e da Caixa no site do Sindicato.
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