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SR Santana é reorientada após denúncia de assédio ao Sindicato

Linha fina
Empregados relataram abusos como envio de mensagens para grupos de assistentes, antes e depois do expediente, com exposição de ranking e cobrança de metas; Caixa deu retorno informando que chefia foi reorientada e que a Gepes foi acionada para averiguar o caso
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Empregados da Caixa, subordinados à SR Santana, denunciaram ao Sindicato abusos que configuram assédio moral por meio da ação de gerentes regionais. Os bancários relatam na denúncia situações como exposição de ranking, constrangimento e cobrança de metas por mensagens de WhatsApp, inclusive antes e depois do expediente.

A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, na cláusula que regula o monitoramento de resultados, veda a exposição de ranking individual de resultados e “a cobrança de cumprimento de resultados por mensagens, no telefone particular do empregado”.

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“Exposição pública de ranking, mesmo que por meio de grupos de whatsapp, constrange o empregado frente aos colegas. Nossa CCT veda esse tipo de situação e a cobrança de metas no celular particular do trabalhador. Afinal, o bancário tem direito a sua privacidade, ao seu tempo livre fora do trabalho. A pressão a que são submetidos já é enorme. Não tem cabimento algum que tal pressão extrapole os limites do local de trabalho e da jornada, invadindo a vida pessoal do trabalhador”, enfatiza o dirigente do Sindicato e bancário da Caixa, Danilo Perez.

“Esse tipo de situação, que configura assédio moral, pode levar o empregado ao adoecimento. A categoria bancária hoje é uma das que mais adoece por razões relacionadas ao trabalho. E a principal causa de afastamentos são justamente transtornos psíquicos. Resultado da gestão dos bancos, focada em cobrança abusiva por metas e competição entre bancários”, acrescenta.

Em resposta à denúncia, a Caixa informou que a Gipes-SP foi acionada para averiguar o caso e que o mesmo foi apresentado à Superintendente Regional da SR Santana e a Degan (Diretoria Executiva de Atendimento e Negócios), para conhecimento e providências decorrentes. Além disso, o banco afirma que a chefia foi orientada e que o entendimento da Cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho que trata do monitoramento de resultados foi reforçado.

“Vamos acompanhar de perto a situação para verificar se as providências informadas pelo banco de fato foram eficazes para que o assédio moral cesse”, diz Danilo Perez.

Denuncie

As únicas formas totalmente seguras e eficazes para denunciar o assédio moral é através do canal de denúncias do Sindicato (CLIQUE AQUI) ou por meio do WhatsApp da entidade (11 97593-7749) “A identidade do denunciante é mantida totalmente em sigilo e o banco é obrigado a dar um retorno sobre a denuncia”, esclarece Danilo. 

Confira abaixo exemplos de assédio moral e, caso for vítima de alguma dessas situações, denuncie ao Sindicato:

- Ameaçar com demissão ou descomissionamento

- Aumento constante de metas

- Cobrar de forma áspera, ofendendo, humilhando ou constrangendo publicamente o trabalhador

- Expor ranking de performance em cartazes, por e-mail, em grupos de whatsapp ou qualquer outra forma

- Nos call centers, suspender pausa de descanso para bater o TMA (tempo médio de atendimento), impedir ou controlar idas ao banheiro

- Não dar nenhuma tarefa ao trabalhador

- Isolar o trabalhador em um setor sem justificativa (em geral para fazer tarefas sem sentido ou que diminuam sua capacidade)

- Proibir amizade ou convivência com os colegas de trabalho

- Orientar errado para prejudicar o funcionário

- Brincadeiras de mau gosto ou críticas em público

- Impor horários injustificados ou dificultar férias

- Forçar pedido de demissão

- Discriminar os trabalhadores que se afastam por motivo de saúde 
 

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