Uma gestora do Itaú está tocando o terror em agências de uma região de São Paulo. A prática, que se tornou comum em locais de trabalho do banco, inclui assédio moral, cobrança de metas abusivas e uso de telefone particular para o trabalho.
Segundo o relato de um bancário, a vida dos trabalhadores virou um inferno depois da chegada da nova Gerente Regional de Agências (GRA) da região 51 (Centro) e o clima para trabalhar "nunca foi tão ruim". Os bancários foram obrigados a responder mensagens no Whatsapp em seus telefones pessoais fora do horário do expediente e a enviar prints de suas telas para provar que estão trabalhando.
"Todos os dias temos de fazer o que ela manda, precisamos responder qualquer besteira para não sofrer represália. Ela tem espalhado para outros bancários que tem carta branca para demitir quem quiser, e que já teria feito isso, deixando todo mundo apavorado. O clima nas agências ficou horrível, todos estão com medo das ameaças", relatou.
O Sindicato procurou o banco, que constatou a procedência da denúncia. A gestora foi advertida formalmente e foi orientada a desculpar-se pelas posturas recentes. Ela também passaria por uma requalificação para melhorar suas capacidades de gestão e trabalho em equipe. Mas pouco tempo depois, o assédio e os abusos contra os trabalhadores continuaram.
"Se não bastassem as ferramentas para cobrança de metas e o programa AGIR, os bancários têm de conviver com abusos praticados pela gestora, que demonstra não ter preparo para lidar com as pessoas. O banco precisa resolver o problema, caso contrário, o Sindicato fará atividades contra os absusos e a conivência da gestão do Itaú", avisa a dirigente sindical e funcionária do Itaú, Valeska Pincovai.