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Chapéu
Greve

Metalúrgicos da Embraer, no interior paulista, param por reajuste salarial

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Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, é a primeira paralisação em cinco anos. Trabalhadores rejeitam proposta sem aumento acima da inflação
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Foto: ROOSEVELT CÁSSIO/SIND. MET. SJC

Os trabalhadores na Embraer de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior paulista, entraram na terça-feira 24, em greve, por decisão de assembleias realizadas pela manhã, na entrada do primeiro turno. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, é a primeira paralisação na fábrica em cinco anos. Os funcionários estão há quatro anos sem aumento real (acima da inflação). A empresa acionou a Polícia Militar e houve um princípio de tumulto.

A reportagem é da Rede Brasil Atual.

Líder mundial no segmento de jatos comerciais com até 150 assentos, a Embraer tem unidades em 28 cidades do Brasil e do exterior. Fechou 2018 com mais de 18 mil funcionários próprios.

Os metalúrgicos afirmam não aceitar a proposta patronal, que prevê reajuste apenas pela inflação (INPC) acumulada em 12 meses, até agosto: 3,28%. Eles reivindicam 6,37% de aumento e renovação integral da convenção coletiva. O sindicato afirma que a empresa pretende acabar com estabilidade para lesionados e tornar a terceirização irrestrita. A cláusula dos lesionados, acrescenta a entidade, foi conquistada na década de 1970.

Pelo lado patronal, as negociações são comandadas pela Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), que se divide em blocos econômicos. No início da campanha, a Fiesp havia oferecido apenas R$ 2.500 de abono. Posteriormente, propôs reajuste com base na inflação. Na fábrica de Botucatu, também no interior, ofereceu a inflação e abono de R$ 4 mil.

“Esta greve mostra não só a insatisfação dos trabalhadores com seus salários, mas principalmente que eles estão dispostos a lutar por seus direitos. Apesar de ser uma das mais importantes empresas do país, a Embraer desrespeita seus trabalhadores ao tentar empurrar propostas rebaixadas como essas”, afirma o diretor do sindicato Herbert Claros.

De acordo com o jornal OVale, a Embraer informou que as áreas produtivas e administrativas operam com aproximadamente 80% das equipes.

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