Sem justificativa plausível, a prefeitura de São Paulo fechou o Centro de Cidadania LGBTQIA+ da cidade. O prédio branco e cor de rosa, localizado em uma rua do bairro Consolação, no centro de São Paulo, há dois anos atendia o público LGBTQIA+ no apoio psicológico, jurídico e no combate à violência. Fechado há um mês, a partir de novembro o centro deixará de existir, de acordo com a prefeitura.
A reportagem é da Contraf-CUT.
O motivo de fechamento, de acordo com a prefeitura, é que existem duas unidades na mesma região. Também na região central, funciona um Centro de Referência de Diversidade, que, diferente da unidade da Consolação, oferece oficinas de teatro e cursos profissionalizantes para LGBTs e moradores de rua.
Segundo Adilson Barros, dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) acaba com programas fundamentais aos direitos humanos. “O fechamento do Centro de Cidadania LGBTQIA+ é mais um desrespeito à diversidade e uma retirada de direitos humanos e sociais”, disse.
O coordenador do Coletivo LGBT do Sindicato, Anderson Pirota, critica essa atitude. "A gestão Bruno Covas erra feio ao fechar os centros de acolhida e reforça que a política da prefeitura de São Paulo para a comunidade LGBT é insuficiente e ineficaz. Ao invés de fechar, ele deveria abrir mais centros. O Brasil é o país que mais assassina LGBT e por estar na maior cidade do país, a gestão Bruno Covas deveria ser gerida na criação de políticas públicas voltadas para a inclusão social da comunidade LGBT na sociedade. E ao fazer o contrário, ele acaba sendo o responsável pelos crimes cometidos na cidade de São Paulo", diz.