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Chapéu
Desrespeito

Santander quer cobrar plano de aposentados por invalidez

Linha fina
Banco comunicou trabalhadores que passaria a cobrar pela assistência médica e odontológica; Sindicato oficiou o banco cobrando que os serviços sejam mantidos nos moldes que sempre foram oferecidos aos aposentados por invalidez, sem qualquer pagamento
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Foto: Mauricio Morais

O Santander pretende passar a cobrar pela assistência médica e odontológica dos seus funcionários aposentados por invalidez. O Sindicato recebeu denúncias de bancários que foram comunicados através de telegrama enviado pelo banco que “a partir de 30/09/2019, a cobrança dos benefícios de assistência médica e odontológica serão realizados via débito mensal em sua conta corrente Santander”.

“Essa cobrança impactaria bastante na minha vida. Eu dependo totalmente do plano. Faço de duas a três vezes por semana fisioterapia. Se eu não fizer, a doença vai evoluir muito mais rápido. A cobrança é um peso grande. Corresponde a 25% do benefício que eu recebo”, afirmou um bancária, aposentada por conta de uma doença degenerativa e progressiva, que procurou o Sindicato após receber o telegrama do Santander.

No documento, ainda são informados os valores dos benefícios, com a ressalva de que tais importâncias individuais deverão ser multiplicadas pelo número de dependentes, se houver. Por fim, ainda há a afirmação de que qualquer inconsistência nos dados, via Portal RH, poderá implicar na suspensão dos planos.

O Sindicato oficiou o banco, alertando para a irregularidade da medida e cobrando a manutenção da assistência médica e odontológica nos moldes que sempre foram oferecidas aos aposentados por invalidez, sem qualquer pagamento. A entidade requer o retorno do banco no prazo de 48 horas.

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“Essa cobrança é totalmente arbitrária, irregular e desumana. Esses benefícios de assistência médica e odontológica sempre foram concedidos a esses trabalhadores aposentados por invalidez sem qualquer cobrança, desde o afastamento do trabalho. O Sindicato cobrou o cancelamento da medida e, caso o banco insista nessa arbitrariedade, vamos tomar as medidas judiciais cabíveis”, diz a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE Santander, Maria Rosani.

“O banco não pode mudar as regras para quem já está aposentado. Isso já faz parte do acordo de trabalho dessas pessoas e não pode ser alterado unilateralmente. Caso, mesmo após nosso ofício, o Santander insista em manter a cobrança, os bancários prejudicados devem procurar o Sindicato, que os apoiará em ações individuais na Justiça”, acrescenta a diretora executiva do Sindicato e funcionária do Santander, Vera Marchioni.

Para agendar um horário no plantão jurídico do Sindicato entre em contato pela Central de Atendimento (11 3188-5200). 

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