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Transação Suspeita

Deputado cobra anulação de operação entre BB e BTG Pactual

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Em entrevista à TV 247, Glauber Braga (PSOL-RJ) diz que seu partido entrará com uma ação junto ao Ministério Público Federal para solicitar o cancelamento da cessão de carteira de crédito de R$ 2,9 bilhões do Banco do Brasil ao banco fundado pelo ministro Paulo Guedes
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) informou que seu partido entrará com uma ação junto ao Ministério Público Federal (MPF) para solicitar o cancelamento da operação que cedeu uma carteira de crédito de R$ 2,9 bilhões do Banco do Brasil ao BTG Pactual, fundado pelo ministro da Fazenda, Paulo Guedes. Em entrevista nesta terça-feira ao programa “Boa noite 247” da TV 247  (veja o vídeo abaixo, a partir de 43:23), o parlamentar ressaltou que a cessão “não é um trocadinho” e que a operação é um “negócio escandaloso”. “São R$ 2,9 bilhões sendo entregues sem concorrência por R$ 300 milhões ao banco que Paulo Guedes foi sócio-fundador”, acrescentou.

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O deputado recordou que a bancada do PSOL, após o Sindicato divulgar em matéria a operação pouco transparente, já havia enviado um requerimento ao Banco do Brasil cobrando explicações em julho, mas não obteve todas as respostas. “Não poderia o próprio Banco do Brasil fazer a recuperação desses créditos? Se tinha que entregar para outra empresa privada, qual foi o motivo de não se realizar uma licitação?”, indagou o parlamentar.

João Fukunaga, diretor executivo do Sindicato e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, lembra que a operação foi um dos principais assuntos do Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB), realizado antes do início da Campanha 2020. O evento teve a participação do parlamentar, que enviou um vídeo falando da luta contra a entrega do patrimônio público pelo governo Bolsonaro. “No CNFBB, o deputado Glauber Braga declarou apoio à luta dos funcionários contra as sucessivas ameaças privatistas e aos ataques em série do governo Bolsonaro ao Banco do Brasil. E se comprometeu, com outros parlamentares, a cobrar explicações do governo, seja por meio do ministro Paulo Guedes ou do presidente do banco à época, Rubem Novaes, sobre essa operação suspeita”, ressalta Fukunaga.

“São muitas questões não respondidas, entre elas por que, ao invés da cessão da carteira com um deságio de 90% para o banco fundado pelo Paulo Guedes, o BB não a repassou para a Ativos, que faz parte do conglomerado do BB e hoje traz uma taxa de retorno de 23% ao banco?”, indaga o dirigente sindical.

Glauber Braga também comentou a censura imposta pelo banco BTG Pactual contra o jornalista Luis Nassif, editor do site GGN. Por meio da Justiça, o BB conseguiu a determinação da retirada de todas as matérias publicadas pela página a respeito da operação. “A gente não pode aceitar essa censura ao Luis Nassif como fato consumado. E aquilo o que ele disse temos que repercutir e denunciar”, solidarizou-se.

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