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Chapéu
#JurosBaixosJá

Bancários na luta pela queda da taxa básica de juros (Selic)

Imagem Destaque
Bancários em frente ao Banco Central durante protesto pela redução da taxa básica de juros (Selic)

Nesta quarta, 20 de setembro - mesmo dia em que o Copom (Comitê de Política Monetária), órgão vinculado ao Banco Central, definirá a Selic (taxa básica de juros) - o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, junto com diversas categorias e movimentos sociais, participou de uma grande mobilização nacional, convocada pela CUT e demais centrais sindicais, pela queda da taxa básica de juros (Selic).

Em São Paulo, o ato ocorreu em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista.

"Desde o início do ano, os sindicatos de bancários de todo o país, organizados por meio da Contraf-CUT, estão engajados nesta luta, nas ruas e redes, contra a elevada taxa básica de juros imposta pelo Banco Central, que trava o desenvolvimento econômico, os investimentos, a geração de emprego e renda, e endivida os trabalhadores", enfatiza a secretária-geral do Sindicato, Lucimara Malaquias.

"Já houve uma redução [da Selic], mas nós entendemos que é preciso reduzir mais, para que exista de fato justiça social, distribuição da riqueza e desenvolvimento da economia do país", acrescenta.

Redes

Também foi realizada uma grande ação nas redes sociais pela redução da taxa básica de juros, com postagens acompanhadas da hashtag #JurosBaixosJá.

Trajetória

Desde 2021, o Banco Central - sob o comando de Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro - adota uma política monetária que mantém elevada a taxa básica de juros.

Naquele ano, o Copom iniciou uma série de aumentos da Selic, que saltou de 2% para 13,75%, percentual mantido de agosto de 2022 até agosto deste ano, quando, após intensa pressão dos movimentos sindical e sociais, houve redução de 0,5 p.p. da Selic, que ficou em 13,25%.

Sondagem do Dieese mostrou que, cada ponto percentual na taxa Selic significa um aumento do custo anual da dívida pública de cerca de R$ 38 bilhões.

Ou seja, na prática, manter os juros altos prejudica o investimento do Estado em áreas essenciais como infraestrutura, saúde e educação; trava os investimentos no setor produtivo e a geração de emprego e renda; e só beneficia, em sua maioria, instituições financeiras, que são as maiores detentoras dos títulos da dívida pública.

A expectativa do mercado é que seja anunciada pelo Copom, nesta quarta 20, uma redução de 0,5 p.p na Selic, que ficaria em 12,75%, e que, permanecendo a atual tendência de corte, a taxa básica de juros alcance 11,75% no final do ano.

A decisão do Copom sobre a taxa básica de juros é esperada para o final da tarde desta quarta-feira 20.

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