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Chapéu
Vidas não têm preço!

Sindicato segue em campanha por mais segurança nas agências bancárias

Imagem Destaque
Imagem mostra dirigentes sindicais em frente a uma agência do Santander durante atividade por mais segurança nas unidades bancárias. Os dirigentes portam uma faixa onde se lê "clientes bancários merecem segurança"

O Sindicato dos Bancários de São Paulo voltou a protestar nesta quarta-feira 20 por mais segurança nas agências bancárias. A atividade concentrou-se na unidade do Santander localizada na Avenida Paulista com a Rua Itapeva.

Representantes dos trabalhadores coletaram dezenas de assinaturas, por meio de abaixo-assinado, cobrando mais medidas de segurança nas agências. A atividade integra uma campanha permanente do Sindicato para reivindicar dos bancos a implantação de medidas de segurança nas suas agências.

“Conversamos com os bancários da agência para reforçar o problema da falta de segurança causada pela visão segundo a qual o lucro é mais importante do que a segurança física e mental de trabalhadores e clientes. Além disso, anos atrás esta agência do Santander, a maior no Brasil, tinha sete seguranças e, atualmente, só tem um volante. Um absurdo!”, protesta Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander.

Sob a justificativa de que algumas agências não operam com numerário, os bancos estão retirando vigilantes e portas giratórias destes locais, fazendo com que os bancários e correntistas convivam constantemente sob riscos e violência, como furtos, golpes e ameaças.

Nem 5% do lucro

Dados dos balanços de quatro dos cinco maiores bancos – Bradesco, Santander, BB e Caixa – apontam que, em 2022, juntos, eles não chegaram a investir nem 5% de seus lucros em Vigilância e Segurança. O lucro dos quatro, somados, chegou a R$ 75,2 bilhões, mas o investimento em segurança foi de apenas R$ 3,2 bi, ou seja, 4,3% de seus lucros.

Desde 2021, o Itaú não informa mais em seu balanço o investimento em segurança, mas em 2019, o banco gastou R$ 744 milhões, o que correspondeu a 2,6% do lucro; em 2020, o valor investido foi de R$ 730 milhões, ou seja, 3,8% de seu lucro (como o lucro em 2020 foi menor por conta da pandemia, a proporção ampliou).

“É inaceitável que os bancos gastem tão pouco com segurança para proteger seus trabalhadores e correntistas. Vamos continuar cobrando das instituições financeiras mais segurança nas agências a fim de proteger as pessoas. Vidas são únicas e não falta dinheiro dos bancos para protege-las”, afirma Elaine Machado, diretora do Sindicato e bancária do Itaú.

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