
Em assembleia virtual finalizada nesta quarta-feira (10), os bancários e financiários do Bank of China Brasil (antigo China Construction Bank) aprovaram por ampla maioria a proposta de PPR (Programa de Participação nos Resultados). Na manhã de hoje, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região esteve no local de trabalho em uma plenária para explicar os detalhes da proposta e sanar dúvidas.
Conforme o acordo fechado, o pagamento da PPR pode ser feito até 30 de setembro. Mesmo assim, o banco se comprometeu junto ao Sindicato a fazer o depósito até o dia 23 deste mês.
Os trabalhadores em licença médica, que exerceram suas atividades em algum período do ano passado, e demitidos durante o exercício 2024 também estão inclusos no PPR. Os profissionais desligados (com exceção de demissões por justa causa) receberão de forma proporcional ao período trabalhado do ano de 2024, tendo o piso como mínimo. O teto dos valores pagos permanece em 13 salários.
"Esse acordo representa um avanço em relação aos pisos de aproximadamente 50% em relação a 2023, ano do último acordo celebrado. Para 2026, será praticado um reajuste de cerca de 70% em relação a 2023. Esse aumento exponencial é muito importante, pois valoriza os trabalhadores do BoC", afirma Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato.

O sistema de avaliação do banco permanece o mesmo neste ano. Entretanto, em 2026, a avaliação deixará de ser do gestor imediato e passará para o sistema 360°, uma reivindicação antiga dos trabalhadores. Esse novo sistema prevê a avaliação do gestor, dos pares, dos subordinados e a autoavaliação.
Diego Carvalho, dirigente do Sindicato, participou das negociações e ressaltou as cláusulas sociais conquistadas. "Um importante avanço do novo acordo bianual é a inclusão de um termo de compromisso do BoC para combate ao assédio moral, com ações internas de prevenção, canais de denúncia sigilosos e comprometimento com soluções para os casos", explica.
Entenda o processo negocial
O Sindicato iniciou as tratativas com o BoC ainda em 2024. Entretanto, houve intransigência do banco na discussão dos avanços econômicos e relacionados ao assédio moral. O BoC desejava retirar direitos e rebaixar o acordo, o que demandou muito esforço do Sindicato nas negociações. Após muita pressão da entidade, apoio dos trabalhadores e protestos, foi possível avançar nas negociações.
"Para o próximo período, o Sindicato espera que novos acordos possam ser celebrados, envolvendo importantes questões como CCV (Comissão de Conciliação Voluntária), homologação e home office. Seguimos à disposição dos trabalhadores para dialogar, tirar dúvidas e acolher denúncias. Sempre que precisar, conte com o Sindicato", afirma a dirigente sindical Erica Godoy.
