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Chapéu
86 desligados

Sindicato pede reintegração dos demitidos pelo Master e cobra transparência sobre a situação do banco

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Imagem de pessoas reunidas em uma mesa de trabalho

Em reunião com o Banco Master, no final da manhã desta quarta-feira 17, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região cobrou a reintegração das dezenas de trabalhadores demitidos na segunda-feira 16, e cobrou transparência do banco sobre a situação da empresa.

No final da tarde dessa terça-feira 16, o Sindicato recebeu uma denúncia de demissão em massa no Banco Master. Imediatamente procurou o banco pedindo uma reunião para discutir o assunto. “Fomos surpreendidos pela notícia, pois em nenhum momento o banco nos procurou para informar sobre a medida, desrespeitando assim o canal negocial com a entidade”, conta a secretária-geral do Sindicato, Lucimara Malaquias.

Na reunião, o Master informou que foram 86 demissões no total. Os representantes do banco disseram que não há mais desligamentos previstos até o momento, mas negaram a possibilidade de reintegração, uma vez que, segundo eles, a instituição está em um momento delicado de contenção de despesas.

O Jurídico alegou que o banco está construindo um plano de contingência, que deve ser apresentado ao Banco Central. E reconheceu que houve erro ao não informar o Sindicato antes dos desligamentos.

“Também cobramos responsabilidade dos diretores, que precisam tratar os trabalhadores com respeito e com transparência sobre os rumos do banco e o que pretende ser feito”, acrescenta Lucimara.

Recentemente, o Banco Central vetou a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), instituição pública (leia aqui).

Bancários demitidos devem procurar o Sindicato

O Sindicato pede que todos os bancários e bancárias desligados procurem a entidade, para garantir que seus direitos sejam respeitados.

“Esses 86 trabalhadores devem nos procurar para que a gente possa fazer um atendimento individualizado e entender cada caso, para definirmos os próximos passos e o que pode ser feito”, diz a dirigente.

“O Sindicato vai permanecer reivindicando que todos os direitos desses trabalhadores sejam cumpridos e, para isso, é necessário que a gente tenha acesso aos valores da rescisão, que tenha informações sobre alguma doença pré-existente, algum tipo de estabilidade... Tudo isso será verificado no atendimento individualizado. Então é fundamental que esses trabalhadores nos procurem”, reforça.

Os bancários podem entrar em contato com o Sindicato pelo 3188-5200, ou ainda whatsappchat ou e-mail.

PPR

O Sindicato também cobrou na reunião a retomada das negociações sobre o Programa Próprio de Resultados (PPR), que deve ser pago aos funcionários da ativa.

“O banco tem até o dia 30 de setembro para publicar o balanço do segundo trimestre do ano. Caso haja lucro, o Master terá de pagar a PLR, conforme a Convenção Coletiva dos bancários. E se não houver lucro, o Sindicato reivindica que seja retomada a negociação para pagamento do PPR, afinal no primeiro trimestre de 2025, o banco apresentou R$ 56 milhões de lucro. Assim, a pergunta que fica é: esse lucro vai só para os diretores e acionistas? Os trabalhadores são os principais responsáveis pelo resultado positivo do banco, então a gente reivindica que eles sejam também contemplados na hora da distribuição”, argumenta a dirigente.

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