São Paulo – Vítima de cenas humilhantes na frente de clientes e colegas de trabalho, bancária ganha na Justiça o direito de receber indenização do banco Santander por danos morais. A ex-supervisora alega que era chamada de “cabeção” constantemente pelo gerente operacional da agência em que trabalhava, em Jundiaí.
Ela foi funcionária do banco por 13 anos e, segundo o relato da trabalhadora na ação, passou a ser ofendida pelo gerente quando foi transferida de agência. A bancária diz que era chamada de “cabeção” na frente de outros bancários e clientes, o que, segundo ela, demonstrava clara intenção de menosprezar sua capacidade intelectual e seu esforço no trabalho.
A relatora do processo, ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, deu razão à ex-supervisora e disse que houve excesso por parte do gerente. Ela citou os artigos 1º - princípio da dignidade - e 5º - inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas - da Constituição Federal para fundamentar sua decisão.
Para a ministra, o tratamento extrapolou o poder hierárquico do gerente e causou “relevante sofrimento íntimo” à empregada. “Tratar mal a todos não isenta o superior do seu dever de urbanidade e tampouco diminui o abuso de poder”, concluiu a relatora.
Redação, com informações do jornal Folha de S.Paulo – 11/10/2012
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Ex-supervisora do Santander ganha na Justiça direito de reparação por tratamento constrangedor
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