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Santander fechou 1.124 vagas no trimestre

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Banco espanhol divulgou balanço em que mostra a diminuição de agências, de empregados e dos lucros
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São Paulo – Balanço divulgado pelo Santander nessa quinta-feira mostra que o banco continua com sua política de demissões. Nos últimos 12 meses, fechou 4.542 postos de trabalho, sendo 1.124 apenas nos últimos três meses.

O lucro líquido gerencial do Santander totalizou R$ 4,335 bilhões no acumulado até setembro de 2013, o que representa redução de 8,9% em doze meses e 0,2% no trimestre.

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 7,828 bilhões, com alta de 9,3% em relação aos nove primeiros meses de 2012. Somente com essa receita, o Santander cobre 148% do total de despesas de pessoal do banco (inclusive PLR). No mesmo período do ano passado, a cobertura foi de 131%.

O presidente do Santander no Brasil, Jesús Zabalza, garantiu, na edição do dia 25 do jornal O Estado de S. Paulo, que “não haverá mais demissões”, mas “vaga aberta por rotatividade não deve ser preenchida”.

“A redução do número de funcionários tem aumentado a sobrecarga daqueles que ficam no banco, o que gera mais adoecimento e muita insatisfação dos clientes, fazendo com que o Santander seja o primeiro colocado em reclamações no Banco Central. Pois reduziram o número de funcionários, mas o número de contas correntes e de clientes não para de aumentar”, afirma o diretor do Sindicato João Roberto de Almeida.

Os números apresentados pelo balanço do banco espanhol corroboram a tese do sindicalista. Nos últimos 12 meses, o banco conquistou 2,1 milhões de novos clientes e ampliou o número de contas correntes em 1,5 milhão.

Cortes à vista – Nesta quinta 24, o banco espanhol afirmou que irá cortar despesas em 1 bilhão de euros até 2016, dos quais 400 milhões de euros – cerca de R$ 1,2 bilhão – serão podados na operação brasileira.

O anúncio foi feito em teleconferência por Javier Marín, presidente mundial do Santander. Segundo ele, o corte é necessário para melhorar a “eficiência dos custos”. O executivo também criticou o aumento de 8% obtido pelos bancários. “O acordo coletivo deu um aumento de 8% no Brasil”, disse. “Por isso, é tão importante colocar em prática todas as medidas para que o Brasil tenha um custo de negócio similar a outros países em que operamos”, disse.

O Sindicato repudia as declarações do executivo do banco espanhol. “A operação Brasil é o que vem segurando os lucros do banco mundialmente. Em contrapartida, o que eles oferecem? Mais desrespeito aos trabalhadores brasileiros. Não faz sentido apontar os eventuais cortes como consequência do resultado da greve, pois eles já estavam ocorrendo antes da campanha”, aponta João Roberto de Almeida.


Renato Godoy – 24/10/2013

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