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Chapéu
Câmara Municipal

Audiência sobre bancos públicos chega à capital

Linha fina
Será a primeira após notícia de que governo Temer vai anunciar até o fim do ano a privatização da Caixa; bancários da Caixa e também do Banco do Brasil devem comparecer para ampliar a resistência contra entrega desse patrimônio
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Arte: Fabiana Tamashiro

São Paulo - A quarta audiência pública em defesa dos bancos públicos será realizada na Câmara Municipal de São Paulo, no dia 18, a partir das 19h. Será a primeira na capital paulista e também a primeira após divulgação de notícia de que o governo Temer pretende anunciar no final do ano a privatização da Caixa.

A audiência é aberta a qualquer pessoa que queria participar. Basta comparecer. A Câmara Municipal de São Paulo fica no Viaduto Jacareí, 100, centro da cidade. Começa às 19h.

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"Após o golpe do ano passado, os ataques ao patrimônio público aumentaram consideravelmente e, agora, a ameaça à Caixa está cada vez mais concreta. Por isso, é necessário que os empregados da Caixa se mobilizem para comparecer à audiência para ampliarmos a resistência em defesa do que é da sociedade", afirma Ivone Silva, presidenta do Sindicato, lembrando que a atual direção da Caixa já cortou 5.486 mil vagas de emprego.

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A audiência é o último ato em São Paulo do Dia Nacional de Luta em defesa dos bancos públicos. Durante toda a manhã e início da tarde, representantes dos trabalhadores realizaram manifestações no Avenida Paulista e centro de São Paulo.

"O Banco do Brasil também está em processo de desmonte, com fechamento de cerca de 400 agências e eliminação de 10 mil postos de trabalho, além de mais pressão sobre os funcionários. Recentemente acabaram com as ferramentas de avaliação de desempenho, deixando a análise apenas com o gestor, sem critérios claros e objetivos", acrescenta Ivone. "Sem falar no BNDES, outro patrimônio do povo que está sendo destruído pelo governo ilegítimo de Temer."

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Públicos em São Paulo - As audiências têm por objetivo apresentar as consequências do desmonte dos bancos públicos para os municípios do estado de São Paulo. Antes da capital, os debates passaram por Embu das Artes, Carapicuíba e Barueri. Há mais duas programadas: uma na Assembleia Legislativa de SP e outra em Osasco.

Na capital, só a Caixa tem quase 2 mil locais físicos para atendimento, entre agências, postos de atendimento e correspondentes bancários, além de 360 para atendimento eletrônico.

Os investimentos da Caixa na capital paulista são grandes. Em 2016, foram mais de R$ 2 bilhões para o Fundo Municipal de Saúde. No campo habitacional, entre 2009 e 2016, foram quase 20 mil unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida para a faixa mais necessitada do programa. No Bolsa Família, entre 2016 e setembro de 2017, já foram distribuídos mais de R$ 850 milhões em benefícios para 466 mil famílias, cerca de 10% da população da cidade. No saneamento básico investiu R$ 36,7 milhões, sendo quase metade em áreas sujeitas a inundações, enxurradas e alagamentos.

O Banco do Brasil tem, na cidade de São Paulo, perto 1,4 mil postos de atendimento físico (agências, postos de atendimento e correspondentes), além de 1.417 postos de atendimento eletrônico. Em 2016 o banco repassou R$ 325 milhões para o município pelo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Via Fundo de Participação dos Municípios, foram R$ 237 milhões.

No Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Caixa, BB e os demais bancos públicos aportaram  R$ 40 milhões no ano passado em apoio à educação básica.

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ABC - Além de São Paulo, Osasco e região, as audiências ocorrem em diversas outras regiões do país. Na Grande São Paulo, por exemplo, haverá uma na Câmara Municipal de Diadema, em 27 de outubro, às 19h.

A exemplo do que ocorreu na Câmara de Santo André, no dia 6, a audiência também visa aprofundar a discussão sobre a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento nacional e de regiões como o Grande ABC.

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