Leia abaixo a coluna Ao Leitor, publicada na Folha Bancária 6.212, na qual a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, aborda o injusto sistema tributário brasileiro, no qual ricos pagam menos impostos.
> Sindicalize-se e fortaleça a luta em defesa dos direitos dos bancários
Ao Leitor - Folha Bancária 6.212
No Brasil, pessoas de maior renda pagam 32% menos impostos que a média observada nos países do G7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido), países mais industrializados do mundo.
Um brasileiro com renda anual de US$ 250 mil (R$ 1,03 milhão) paga US$ 68,6 mil (R$ 288,6 mil) em tributos, o correspondente a uma alíquota de 27,5%. Nos países do G7, a taxa média é de 40,6% para a mesma faixa de renda.
A desigualdade ocorre basicamente porque grande parte dos impostos no país é indireta, ou seja, incidem sobre consumo de bens e serviços e não sobre renda e propriedade.
O governo está tentando resolver o problema do Estado com a reforma da Previdência e o congelamento dos gastos sociais. Mas há outras medidas possíveis nesse quadro de recessão, como a reforma tributária para tirar mais dos que têm mais.
É preciso uma reforma tributária instituindo o sistema progressivo, para que os mais ricos paguem conforme seu rendimento. Enquanto o trabalhador paga imposto sobre seu salário, um acionista não paga sobre o seu dividendo.