O Sindicato solicitou ao Santander informações gerais sobre os bancários com deficiência, com objetivo de direcionar sua ação sindical para essas pessoas, que possuem demandas e necessidades específicas. Entretanto, após vários dias, o banco informou que não disponibilizaria os dados e orientou o Sindicato a fazer a solicitação para a Febraban.
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“Buscávamos dados gerais como, por exemplo, a quantidade de PCDs no banco, onde estão alocados, o tipo de deficiência, e funções que exercem. Esses dados são essenciais para que nós, como entidade representativa, atuemos em favor destes trabalhadores, que possuem demandas e necessidades específicas”, relata o coordenador do coletivo de PCDs do Sindicato e bancário do Santander, José Roberto Santana.
A Lei 8.213/91 determina que toda empresa com mais de cem funcionários cumpra uma cota de trabalhadores com deficiência na seguinte proporção: até 200 funcionários deve ter 2% de pessoas com deficiência; de 201 a 500 trabalhadores, 3%; de 501 a 1000, 4%; 1001 em diante, 5% das vagas ocupadas por PCDs.
“Como entidade representativa dos bancários, também é atribuição do Sindicato fiscalizar o cumprimento da Lei de Cotas, sendo fundamental a disponibilização dos dados do banco”, explica José Roberto.
“A recusa do banco soa para nós como um sinal de alerta. Se cumpre a lei, têm políticas de inclusão e valorização desses trabalhadores, qual motivo teria para não disponibilizar os dados? O que o Santander tem a esconder?”, questiona o dirigente.
Censo da Diversidade
José Roberto destaca ainda a importância de todos os bancários responderem ao 3º Censo da Diversidade, conquista da Campanha Nacional 2018.
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“A recusa do Santander para disponibilizar os dados reforça ainda mais a importância de todos os bancários responderem ao Censo da Diversidade. O que ainda assim não é uma solução para a recusa do banco em disponibilizar dados dos PCDs, uma vez que nem todos respondem ao questionário. Este ano, além de traçar um perfil da categoria por gênero, raça, orientação sexual e PCDs (pessoas com deficiência), o Censo também propõe um processo transformador do setor, que proporcione o debate sobre questões fundamentais para um mundo melhor, que é o caso do respeito às diferenças, da promoção da cultura de não violência, de combate ao machismo, à LGBTfobia, ao racismo e ao preconceito contra pessoas com deficiência. É esse o papel do agente da diversidade”, conclui o dirigente.