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Chapéu
3 de Dezembro

No Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, Sindicato reafirma compromisso com a inclusão

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No Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, Sindicato reafirma compromisso com a inclusão

O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, chega todos os anos como um chamado à ação. A data, instituída pela ONU em 1992, provoca governos, empresas e toda a sociedade a encarar de frente uma realidade que ainda persiste: barreiras físicas, sociais e culturais continuam impedindo milhões de pessoas de exercer plenamente seus direitos.

Para Maria Cleide Queiroz, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e coordenadora do Coletivo das Trabalhadoras e dos Trabalhadores com Deficiência da entidade e também da Contraf-CUT, este é um momento essencial para que todos e todas reflitam sobre o compromisso com a inclusão, a acessibilidade e o respeito à diversidade humana.

"A data nos convoca a refletir sobre os avanços conquistados, mas também sobre os muitos desafios que ainda persistem no cotidiano das pessoas com deficiência, no Brasil e no mundo. É necessário promover a defesa da cidadania e soberania, da autonomia e da dignidade das pessoas com deficiência, fortalecendo o diálogo, a organização e as políticas de inclusão", pontua Maria Cleide.

Igualdade de oportunidades: um desafio persistente

O Relatório Mundial da Deficiência, produzido pela OMS e pelo Banco Mundial, aponta que mais de 1 bilhão de pessoas no planeta vivem com algum tipo de deficiência. É uma população inteira que, apesar dos avanços, segue encontrando obstáculos para acessar serviços essenciais e oportunidades de trabalho.

No Brasil, os números reforçam o tamanho do desafio. Segundo o Censo 2022 do IBGE, 14,4 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, o equivalente a 7,3% da população com dois anos ou mais. Mesmo assim, quando esse grupo tenta ingressar no mercado de trabalho, as portas muitas vezes permanecem fechadas. De acordo com a RAIS 2024 (Relação Anual de Informações Sociais), apenas 1,32% das vagas formais do país são preenchidas por pessoas com deficiência.

No setor bancário, o cenário é um pouco melhor, mas ainda insuficiente: 4,3% do total de trabalhadores (18.310 profissionais) são pessoas com deficiência. O número evidencia avanços, mas também revela o longo caminho que ainda precisa ser percorrido para garantir igualdade de condições.

Papel do Sindicato

Enquanto o tema ganha destaque em campanhas e debates, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região transforma a pauta em ação concreta. A entidade mantém diálogo contínuo com os bancos para ampliar contratações, derrubar barreiras arquitetônicas e tecnológicas e assegurar condições de trabalho que respeitem e valorizem cada profissional.

Essa atuação permanente já se materializou em conquistas importantes, como:

  • Abono de ausência para conserto de ajudas assistivas, que garante que trabalhadores que dependem de equipamentos de apoio possam mantê-los funcionando sem prejuízo.
  • Isenção da coparticipação no plano de saúde para pessoas com deficiência, medida implementada no Santander e que o Sindicato segue negociando para todo o setor.

"A luta por direitos, participação social e igualdade de oportunidades não deve ser lembrada apenas nesta data, mas deve ser fortalecida diariamente em políticas públicas, ações institucionais e no compromisso de toda a sociedade", ressalta Maria Cleide ao destacar o papel do movimento sindical.

"A construção de um país mais justo passa, necessariamente, pela valorização das pessoas com deficiência, pelo combate a todas as formas de discriminação e pela promoção de acessibilidade plena em todos os espaços", conclui.

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