Pelo quarto dia seguido, os bancários realizaram mais um protesto contra as demissões no Bradesco. O ato desta quarta-feira 7 ocorreu na zona sul de São Paulo, no Brooklin, em uma agência importante com vários segmentos, inclusive varejo e prime.
Nos próximos dias, mais regiões de São Paulo também farão atos contra as demissões feitas pela instituição financeira.
> Sindicato retoma homologações presenciais do Bradesco
A dirigente sindical Maria de Lourdes, a Malu, diz que, mais uma vez, os bancários e a população receberam bem o ato. "Considero que foi bastante positivo visitar a agência Brooklin. Conversamos com os bancários e bancárias, dando orientações e tentando tranquilizá-los, pois as demissões estão tirando a paz e comprometendo a saúde mental deles", diz.
Ela ainda comenta que há vários questionamentos por conta das demissões, e muitos estão preocupados em como irão arcar com os compromissos familiares durante a pandemia, e que inclusive muitos deles são responsáveis pelo sustento de suas casas. "A pergunta que fica é: como os bancários e bancárias demitidos pagarão as suas contas? O Bradesco está demitindo mães e pais de família, e a pandemia não acabou. Isso é lamentável. O Bradesco está sendo insensível em plena pandemia, isto é assustador ", afirma a dirigente.
O Sindicato tem feito vários apontamentos quanto as formas de se reinventar e de não promover demissões no setor. A dirigente destaca que o movimento sindical prisma sempre em manter um canal de diálogo com o Bradesco.
"Não podemos admitir calados essas demissões. Enquanto não houver resposta do banco, vamos continuar lutando e defendendo os direitos e o emprego dos trabalhadores. No primeiro semestre de 2020, o Bradesco faturou R$ 7,626 bilhões e cresceu 3,2% em relação ao trimestre anterior. Por isso, não vamos aceitar essas demissões e estamos cobrando uma negociação com o banco", finaliza Malu.
Confira como foi o protesto desta quarta 7.
Leia mais
> Bancários iniciam protestos contra demissões no Bradesco
> Contra as demissões, bancários protestam na zona norte de São Paulo
> Contra demissão, bancários reagem na região Paulista