O Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) reuniu-se, nesta segunda-feira 25, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para a Mesa temática de Saúde.
Um dos principais pontos da pauta foi iniciar a retomada dos debates sobre temas que eram discutidos antes da pandemia do coronavírus (Covid-19), como o fim das metas abusivas, do assédio moral e do adoecimento na categoria, além da garantia do tratamento para os trabalhadores que ficaram doentes por conta das ações dos bancos.
Na reunião foi enfatizado que, durante a pandemia, os bancos aprofundaram o processo de fechamento de agências e de demissões, e estão perdendo clientes para bancos digitais e fintechs. Os trabalhadores remanescentes, por sua vez, convivem com o aumento da sobrecarga de trabalho, e o modelo de cobrança de metas não mudou e segue nas alturas.
“Se a Fenaban reconhece que há intensificação da concorrência por causa das fintechs, cooperativas e bancos digitais, os bancos não podem sacrificar os trabalhadores bancários com adoecimento.”
Carlos Damarindo, secretário de Saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região
As partes se comprometeram a fazer pressão em todas as esferas de governo para continuar obrigando o uso de máscaras, como importante medida de prevenção da contaminação da Covid-19.
“No momento em que as atividades presenciais estão voltando, e alguns municípios estão flexibilizando as medidas de controle da pandemia, nós entendemos que é fundamental o reforço do uso de máscaras e demais equipamentos de proteção individual, bem como atenção dos bancos para outras medidas como renovação frequente do ar, higienização constante dos locais de trabalho, proibição de aglomeração e testagem recorrente, a fim de dar mais tranquilidade e segurança para o bancário, tanto de agências como de departamentos”, ressalta Damarindo.
O Coletivo também cobrou da Fenaban para que os trabalhadores do grupo de risco permaneçam em home office, ao contrário do Itaú, por exemplo, que vem na contramão desse entendimento e pressionando para que os funcionários nesta condição e com morbidades retornem ao trabalho.
Com a retomada das atividades, foi enfatizada atenção especial aos bancários que tiveram sequelas da covid-19, e que podem interferir na produtividade das pessoas, já que há estudos que apontam para isso.
“Neste momento de pandemia, além da preocupação com a contaminação pelo coronavírus e as eventuais sequelas da doença, o modelo de cobrança de metas não mudou e continua muito além do humanamente suportável. Há ainda um cenário de fechamento de agências, demissões, e tudo isso contribui para uma pressão psicológica para o trabalhador”, afirma Carlos Damarindo.
Apesar de o retorno ao trabalho presencial estar sendo negociado banco a banco, o movimento sindical pediu uma orientação geral por parte das empresas.
“A gente precisa ter clareza nestas questões, com um protocolo-base de medidas preventivas, para garantir a segurança dos trabalhadores que possa exercer suas atividades de forma tranquila”, explicou Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, ao reforçar a importância da proteção dos grupos de riscos e da adequação dos ambientes de trabalho para a nova realidade.
Ele alertou também para a necessidade de se preocupar com as sequelas da Covid-19, garantindo o tratamento adequado.
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