Diante do comunicado divulgado pelo Itaú no último dia 14 de setembro, convocando trabalhadores em home office para retorno ao trabalho presencial, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e membros do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú se reuniram com representantes do banco, na terça-feira 28, para negociar protocolos que minimizem o risco de contaminação dos bancários.
“Antes mesmo do processo negocial, o Itaú soltou o comunicado para retorno a atividade presencial. A partir desta realidade, a qual não possui nossa anuência, cobramos do banco o compromisso de proteger vidas, uma vez que, mesmo com a imunização completa, ainda existe o risco de contaminação. Além disso, temos centenas de bancários que são do grupo de risco, que comprovadamente precisam permanecer no teletrabalho. Por outro lado, muitos destes trabalhadores tinham totais condições de atuar no teletrabalho, mas tiveram negado o equipamento, aumentando assim suas horas negativas”
Carlos Damarindo, secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato e bancário do Itaú
No encontro, a COE Itaú e os membro do GT de Saúde entregaram um texto de sugestão do protocolo de prevenção da Covid-19, neste momento de retorno ao trabalho presencial.
Entre as recomendações estão: nenhum trabalhador deverá retornar sem a imunização completa há pelo menos 15 dias; realização de exames médicos de retorno ao trabalho, nos quais a indicação do médico assistente deverá ser levada em consideração; trabalhadores com histórico de infecção pela Covid-19 devem ser acompanhados pela medicina ocupacional do banco, para a devida readaptação ao trabalho gradativo em função das possíveis sequelas da doença; distanciamento de 1,5m a 2m; uso de EPI’s adequados, cedidos pelo banco; sanitização dos ambientes de trabalho; monitores de controle de ar em cada ambiente de trabalho; liberação de estacionamentos de agências e prédios administrativos; testagem contínua dos trabalhadores; gestantes, pessoas com mais de 60 anos e com comorbidades devem permanecer em teletrabalho.
“Neste documento procuramos propor medidas que ofereçam maior proteção para bancários, terceirizados, prestadores de serviços e clientes. A prioridade, neste momento, deve ser proteger a vida. Essa é uma responsabilidade do banco.”
Sergio Francisco, dirigente do Sindicato e bancário do Itaú