O Sindicato recebeu denúncias de que bancários do Santander estão sendo pressionados para realizarem doações ao projeto Amigo de Valor. De acordo com os relatos, gestores estão cobrando doações dos trabalhadores como se fosse uma meta, citando inclusive o número de bancários que ainda não fizeram uma doação.
“Os bancários estão se sentindo pressionados e coagidos. Até mesmo o valor da doação está sendo alvo de questionamentos por parte de alguns gestores. O Sindicato é a favor de doações, ainda mais no atual momento, em meio a uma crise sanitária, econômica e política, mas sempre de forma voluntária, sem coação ou pressão”, diz a dirigente do Sindicato e bancária do Santander Silmara Silva.
“A doação deve ser espontânea, voluntária, e jamais uma obrigação ou razão de constrangimento. Cobramos que o Santander reoriente os gestores no sentido de que não pressionem, de forma alguma, o trabalhador a fazer uma doação, inclusive deixando claro que a mesma é voluntária e que não fazê-la não trará qualquer consequência ao bancário”, acrescenta.
O bancário que se sentir pressionado ou constrangido a fazer uma doação deve denunciar ao Sindicato, por meio do canal de denúncias de assédio moral (CLIQUE AQUI). O sigilo é garantido.
Doação ou coação?
Esta não é a primeira vez que o conceito de doação é desvirtuado no Santander. No início de 2020, o bancário que não manifestasse posição contrária até determinada data, por meio de um site, teria 1% de sua remuneração variável descontada automaticamente da sua conta corrente como forma de doação ao projeto Sonhos que Transformam.
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Desta forma, ao invés de proporcionar que o bancário interessado em fazer a doação manifestasse tal interesse, obrigava quem não se interessava a manifestar posição contrária, invertendo completamente o caráter voluntário da doação.
A prática só não foi para frente graças a atuação sindical e jurídica do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.
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