Relatos e experiências de atletas e de pessoas com deficiência marcaram o Festão da Inclusão, nome da última edição do Sons da Democracia, evento idealizado para fortalecer a organização popular diante dos ataques da extrema-direita contra os direitos sociais. As edições vem sendo realizadas todas as últimas sextas-feiras do mês, no Café dos Bancários (Rua São Bento, 413, Centro).
“O evento foi realizado para mostrar que a pessoa com deficiência pode ocupar todos os espaços, ser o que quiser. Dançar, namorar, trabalhar, fazer esporte. Não é ter exclusividade, e sim que a pessoa com deficiência deve ser tratada com igualdade”, afirma Maria Cleide Queiroz, dirigente sindical e coordenadora do Coletivo Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável.
A edição realizada no último dia 29 contou com depoimentos marcantes de atletas com deficiência das modalidades de basquete e de arco e flecha sobre cidadania e os obstáculos enfrentados em uma sociedade que precisa avançar muito no tema da igualdade e dos direitos das pessoas com deficiência (PCD).
Além da participação de pessoas com deficiência, o evento foi enriquecido com apresentações de artistas como o músico Lelo Araújo; o Poeta Jonas César Lima; e as Bailarinas Celia Bernadete Messias, Célia Oliveira e Aparecida Dehira. Também houve transmissão de vídeos sobre como ajudar uma pessoa com deficiência.
“O evento foi simplesmente um sucesso, e o Sindicato dos Bancários de São Paulo é exemplo de inclusão, saindo mais uma vez à frente e realizando uma solenidade tão importante e de uma magnitude ímpar. Falamos da pessoa com deficiência invisível, que são sempre julgadas por não ser algo aparente, as pessoas sem deficiência tendem a olhar e até comentar com outros que é uma falta de respeito a pessoa não ter deficiência e ocupar os espaços ‘marcados’ por essas atitudes e outras. É muito importante dar visibilidade ao cordão do girassol que indica pessoa com doença rara ou invisível”, conta Maria Cleide.
Próxima edição: lançamento do livro sobre Luiz Gushiken
A próxima edição do Sons da Democracia será realizada no dia 27 de outubro. Será um evento especial de lançamento do livro A nova ordem – Luiz Gushiken, sobre o ex-presidente do Sindicato Luiz Gushiken.
“O evento é para todos que participam da defesa da democracia, da cidadania e de uma sociedade justa, igualitária e soberana. Na sexta-feira 27 de outubro teremos um evento cultural que além do lançamento do livro, irá debater a greve dos empregados da Caixa de 1985 e sua importância para categoria bancária. Contamos com sua presença”, convida Chico Pugliesi, secretário de Relações Sociais e Sindicais do Sindicato e empregado da Caixa.
Sobre o Sons da Democracia
O Sons da Democracia é realizado toda última sexta-feira do mês com o objetivo de aproximar os bancários e pessoas de outras de categorias a temas que remetam a uma sociedade mais justa, soberana, verdadeira e igualitária. Ele começou com o nome de Samba no Café. A entrada para os eventos é 1 kg de alimentos não perecíveis que serão distribuídos por meio do Projeto Bancário Solidário.
“Todas as pessoas que defendem esses princípios fundamentais estão convidadas a comparecer ao Café dos Bancários, na última sexta-feira do mês, para uma experiência de troca, de fortalecimento da cidadania, e também de diversão e descontração, com música, arte, comida e chopp. Estamos chamando para participar também os comitês populares de luta em defesa da soberania, da democracia e de uma sociedade mais justa, igualitária e soberana, a fim de organizarmos e fortalecermos a resistência diante dos ataques da extrema-direita, organizada para destruir os direitos consolidados. A participação dos comitês populares de luta é fundamental neste projeto”, afirma Chico.
O evento, antes chamado de Samba no Café, já abordou temas como consciência negra, direito indígenas e LGBTQIAP+, juventude e e outros temas relevantes para a sociedade.