O Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 11,529 bilhões nos nove primeiros meses de 2025, crescimento de 15,1% em comparação ao mesmo período de 2024. No terceiro trimestre, o lucro líquido gerencial atingiu R$ 4,009 bilhões, crescimento de 9,6% em relação aos três meses anteriores, quando o resultado foi de R$ 3,659 bilhões.
A holding Santander encerrou o terceiro semestre de 2025 com 51.747 empregados, com fechamento de 3.288 postos de trabalho em doze meses, sendo que 2.171 postos foram eliminados no decorrer do 3º trimestre do ano.
Quanto à estrutura física do banco, em doze meses foram fechados 585 pontos de atendimento (entre lojas e PAB), dos quais 157 foram fechados no trimestre.
Já a base de clientes aumentou em quatro milhões em doze meses, totalizando 72,8 milhões.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias totalizaram R$ 16,9 bilhões, alta de 1,4% em relação a setembro de 2024. Já as despesas de pessoal, incluindo PLR, cresceram 3%, atingindo R$ 9,3 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias foi de 181,3%.
“Mesmo com o aumento do número de clientes, o corte de postos de trabalho e o fechamento de agências seguem como política do banco. As consequências disso são a epidemia de adoecimentos mentais causados pela sobrecarga de trabalho e pela cobrança de metas abusivas, e a piora no atendimento. Isso em um banco que lucra quase o dobro das despesas de pessoal só com o que arrecada de tarifas e serviços cobrados dos clientes. Um desrespeito de uma instituição financeira estrangeira que lucra bilhões dos brasileiros com juros e tarifas elevadas, e com o adoecimento dos seus empregados”, protesta Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.
O retorno sobre o patrimônio do banco (ROE) anualizado ficou em 17,5%, com acréscimo de 0,5 p.p. em doze meses. O resultado, tanto no ano quanto no trimestre, deriva do crescimento das receitas totais.
O lucro global do banco no período foi de € 10,337 bilhões, com alta de 11% em doze meses (de acordo com a matriz espanhola, este é o “sexto trimestre consecutivo de lucro recorde do banco”) e a unidade brasileira gerou o 2º maior resultado do grupo, atrás apenas da Espanha (o Brasil somou € 1,589 milhões, só abaixo dos € 3,233 bilhões da matriz, ou 15,4% do lucro global).
No ano, as comissões avançaram 4,1%, com destaque para cartões e seguros. No trimestre, houve alta de 6,7%, com aumento das receitas de cartões, seguros, mercado de capitais e operações de crédito.
A Carteira de Crédito Ampliada do banco teve alta de 3,8% em doze meses e de 2,0% no trimestre, somando, aproximadamente, R$ 688,8 bilhões ao final do mês de setembro de 2025. A carteira pessoa física teve leve queda de 0,7% em doze meses, especialmente no consignado (-13,5%), queda parcialmente compensada pela alta no cartão de crédito (+14,5%) e no imobiliário (+8,9%).
No segmento pessoa jurídica (com alta de 5,9% em doze meses), o saldo das grandes empresas apresentou alta de 3,8% em um ano, enquanto o de pequenas e médias empresas registrou alta de 12,4%.
Quanto à carteira de financiamento ao consumo, o crédito concedido fora das agências e sendo a maior parte direcionada a veículos, o crescimento foi de 12,6%. A taxa de inadimplência superior a 90 dias ficou em 3,4% ao final do 3º trimestre de 2025, com alta de 0,2 pontos percentuais em doze meses, já as despesas com PDD (créditos de liquidação duvidosa) cresceram 18,1% no período, totalizando R$ 19,8 bilhões.