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CUT realiza ato pelos trabalhadores europeus

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Dia 14, paralelo à greve geral na Europa, ato em frente ao Consulado da Espanha em São Paulo repudiará políticas de austeridade e arrocho fiscal
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São Paulo – A situação que os trabalhadores europeus estão enfrentando frente à crise financeira internacional, com política de austeridade e arrocho fiscal promovida pelos governos europeus, será motivo de repúdio durante ato organizado pela CUT em conjunto com outras centrais sindicais brasileiras. A manifestação acontecerá nesta quarta-feira 14, às 11h, em frente ao Consulado da Espanha em São Paulo (Avenida Brasil, 948), mesma data em que foi convocada greve geral na Grécia, Espanha e em Portugal. Na Itália e em outros países europeus estão previstas diversas atividades e manifestações de solidariedade.

De acordo com texto publicado pela CUT, as políticas de austeridade têm sido devastadoras para a classe trabalhadora da região. Atualmente, na Espanha, 13 milhões de pessoas, o que corresponde a 27% da população, vivem abaixo da linha da pobreza. Na Grécia, a recessão é semelhante à de tempos de guerra, com cerca de 1,15 milhão de gregos desempregados, sendo que 54,9% desse total atinge a juventude.

Em Portugal, o desemprego ultrapassa os 15% da sociedade e o governo ainda pretende aumentar o tempo de trabalho, com cortes nos salários e nos subsídios de férias e de natal, além de desregulamentar os horários da jornada de trabalho e introduzir o banco de horas. Segundo declaração oficial da CUT, as consequências para os trabalhadores portugueses e suas famílias são brutais: empobrecimento generalizado e regressão drástica das condições e qualidade de vida.

“Estamos vivendo uma situação bastante atípica no mundo em relação ao trabalho e aos trabalhadores. A Europa, que sempre teve uma classe trabalhadora forte, sindicatos e centrais fortes que nos ajudaram muito no início da CUT, agora vive uma situação de ataque profundo. O continente tem cerca de 85% de trabalhadores não sindicalizados e nos últimos anos não têm conseguido sequer repor perdas salarias com inflação”, afirmou o secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício, em entrevista à Rede Brasil Atual.

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Essa nova realidade do cenário mundial é mais um motivo que reforça a importância da manifestação da CUT nesse ato de solidariedade, conforme esclarece em nota a Central. “Contamos com presença e a solidariedade dos trabalhadores frente às desastrosas políticas de austeridade que estão sendo impostas ao povo europeu, em que direitos estão sendo retirados e a classe trabalhadora está sofrendo todas as consequências.”

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Redação, com informações da CUT – 12/11/2012

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