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Seppir anuncia plano de ação para mulheres negras

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Lançamento está previsto para março, quando a secretaria de promoção de igualdade completa 10 anos
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São Paulo - A Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir) está desenvolvendo um plano de ação específico para as mulheres negras. O anúncio foi feito por Eunice Lea de Moraes, gerente de Projetos da Seppir, durante ato pela Igualdade Racial no Trabalho e na Vida promovido pela CUT na abertura do Mês da Consciência Negra.

O lançamento está previsto para março de 2013, quando a Seppir completa 10 anos. De acordo com Eunice, o projeto dará atenção especial às jovens e atuará em três eixos: empoderamento e fortalecimento da organização de mulheres negras; enfrentamento ao racismo e ao sexismo; promoção da comunicação para igualdade, na tentativa de reverter o estereótipo negativo exibido nas mídias.

“Haverá um programa de monitoramento, de tutoria das jovens tanto na área social, quanto profissional, para que elas se coloquem no mundo como liderança, inclusive nas carreiras ditas ‘masculinas’ como tecnologia, inovação e informática”, explicou.

Eunice também comemorou a inclusão do programa para “Enfrentamento ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial” no Plano Plurianual (PPA 2012-2015) da Seppir. A iniciativa prevê um conjunto de ações em áreas como educação e saúde, desenvolvidas em parceria com vários ministérios e com a Fundação Palmares.

Igualdade no trabalho – Para a gerente da Seppir, o desafio é tirar da invisibilidade, com políticas afirmativas, a maioria da população negra, que representa 52% da nação brasileira. “O desafio é na educação e na cultura para que a população negra tenha as mesmas oportunidades que a Constituição brasileira nos garante”, destacou.

Ela comentou que as estatísticas apontam a ascensão dos negros no mercado de trabalho, que hoje ocupam mais postos de trabalho. “Porém, o salário ainda é inferior e a qualidade das vagas também”, ressaltou.

As desigualdades permanecem mesmo com a conquista da Lei Cotas, aponta a gerente. “Estamos formados, iguais, então, temos que ter os mesmos salários e acesso aos cargos de decisão. A luta é para estar no mercado de trabalho, mas para estar bem, nas condições que nós merecemos como cidadãs e cidadãos brasileiros”, afirmou.


CUT/SP – 8/11/2012

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