Pular para o conteúdo principal

Ciclovias começam a ganhar pontes das marginais

Linha fina
Casa Verde é a primeira de doze previstas para serem instaladas sobre os rios Tietê e Pinheiros
Imagem Destaque

São Paulo – A ponte da Casa Verde ganhou um trecho de 600 metros de ciclovia, o primeiro em viadutos que cruzam as marginais Tietê e Pinheiros. A travessia em viadutos sobre as marginais é apontada pelos ciclistas como uma das principais dificuldades na circulação pela cidade de São Paulo. Além dessa, inaugurada na terça-feira 4, estão previstas mais 11.

O percurso, chamado de ciclopassarela, está instalado na metade “de fora” da calçada, tem mão dupla e faz conexão com a ciclovia da Rua dos Americanos, no Bom Retiro, na região central. Futuramente fará conexão com outra ciclovia da Avenida Braz Leme, na zona norte. A metade “de dentro” da calçada permanece para uso exclusivo dos pedestres.

Com a entrega, a cidade contabiliza 106,5 quilômetros de rede cicloviária implantada pela atual gestão. Antes dos novos ramais, que vêm sendo inaugurados desde junho, São Paulo possuía 63 quilômetros. A meta são 400 quilômetros até o fim de 2015.

Paraciclos – Está em fase de licitação a compra de 8 mil novos paraciclos, locais de paradas onde é possível prender a bicicleta. Atualmente são apenas 113. Dessa forma, somados aos bicicletários, a cidade passará de 4,6 mil para 20 mil vagas.

De acordo com o diretor do Instituto Ciclo BR, Felipe Aragonez, seria importante que a iniciativa privada também adotasse a implementação de paraciclos, em especial em áreas de grandes circulações como shopping centers e regiões estritamente comerciais.

“No começo, muitos comerciantes reclamavam das ciclovias. Agora, alguns começam a perceber que os carros parados só bloqueavam a visão de seus comércios. Ciclista também é consumidor e se ele tiver a possibilidade de parar em um comércio, é positivo para o comerciante. Alguns já estão investindo, mas é preciso mais”, afirmou.

Gary Fisher – O prefeito Fernando Haddad encontrou-se na quinta 30 com o cicloativista norte-americano Gary Fisher, reconhecido como um dos criadores da mountain bike e um dos principais designers de bicicletas do mundo. Juntos, eles pedalaram por trechos já equipados com ciclovia.

Pela primeira vez em São Paulo, Fisher aprovou as vias. “Este é um grande começo. [As ciclovias] Ainda não estão em um ponto onde as pessoas considerem como um sistema completo, mas é preciso investir. São Paulo está no caminho certo”, afirmou.

Questionado se as mountain bikes são ideais para uma cidade como São Paulo, onde não são raras as ladeiras, o ciclista afirmou que sim. “A mountain bike é boa, mas também a bicicleta elétrica”, disse. Fisher contou que sua mulher é médica em São Francisco, nos Estados Unidos, e que usa uma bicicleta elétrica para visitas domiciliares. “Nós temos carro, mas ela prefere a bicicleta elétrica, porque é mais rápida e mais eficiente.”


Redação – 4/11/2014

seja socio