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Prefeitura de SP quer investir mais em cidadania

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Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da cidade terá orçamento 10% maior no ano que vem
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São Paulo – A proposta de orçamento da prefeitura de São Paulo para o ano que vem prevê aumento de 10% no repasse para a Secretaria Direitos Humanos e Cidadania. Se for aprovado, vai elevar para R$ 68 milhões o montante a ser investido na cidade nesse setor.

Um dos destinos, de acordo com a secretária-adjunta, Larissa Beltramim, é promover campanhas de combate à violência à população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros). A previsão é destinar R$ 4 milhões para esse grupo. Larissa falou sobre o tema em audiência pública realizada na segunda 10 para discutir o Projeto de Lei (PL) 467/2014, sobre a peça orçamentária de 2015, ainda a ser analisado pela Câmara Municipal.

Também são prioridades da pasta a qualificação e empregabilidade de jovens, centro de referência e acolhimento para imigrantes, projetos de álcool e drogas, conselhos tutelares e idosos.

Outro programa social que receberá maior dotação orçamentária no ano que vem é o De Braços Abertos, cujo objetivo é promover a reinserção social de dependentes de crack e está ligado à Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo.

LGBTs – De acordo com Larissa Beltramim, o objetivo é não apenas fazer uma campanha de conscientização da sociedade, mas promover socialmente o grupo LGBT. “Queremos fazer um projeto para a promoção da cidadania como forma de conscientizar a população para que não tenha mais situação de violência e que as pessoas consigam ser incluídas socialmente, garantindo assim direitos humanos de toda população LGBT.”

Apesar da garantia, a presidente do Fórum Municipal de Travestis e Transexuais, Nicole Mahier, acredita na necessidade de mais investimentos. “Principalmente nós, travestis e transexuais, sofremos com a vulnerabilidade social. Por isso, seria necessário mais recursos para conscientizar a população por meio de campanhas para acabar com a discriminação por gênero e orientação sexual”, declarou.  Ela ainda acrescentou que o grupo demanda mais vagas no Programa Operação Trabalho – projeto de capacitação de pessoas que estão desempregadas. “Já é difícil arrumarmos emprego por conta do preconceito, imagine ainda se não tivermos estudos. Precisaríamos de pelo menos 500 bolsas para travestis e transexuais.” Atualmente, o programa oferece 25 bolsas para esse grupo e, de acordo com Larissa, no próximo ano serão 100. “Esse aumento já representa um acréscimo relevante, podendo aumentar nos próximos anos”, garantiu a secretária-adjunta.


Redação – 14/11/2014

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