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Alunos de Diadema convocam atos para dia 19

Linha fina
Na Martin Egídio Damy, estudantes decidiram em assembleia também ocupar o prédio para resistir contra o fechamento do ensino médio
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São Paulo – Os alunos da Escola Estadual Diadema, localizada no município de mesmo nome, no ABC paulista, convocam os estudantes de todas as escolas para um dia nacional de lutas pela educação na quinta-feira 19. A escola foi a primeira a ser ocupada, na noite do dia 9, contra a "reorganização" imposta pelo governo de Geraldo Alckmin.

Por meio de um vídeo veiculado na página Não Fechem Minha Escola, nas redes sociais, eles afirmam que a ocupação é uma vitória e que por isso convocam novas manifestações nas portas das escolas ocupadas ou não. "Vamos fazer muito barulho, que é isso que a gente precisa para mostrar para as pessoas não só aqui de São Paulo como de outros estados que nós somos de luta, sim, e que essa luta continua independente de qualquer coisa."

Os estudantes organizaram um evento em uma rede social para maior mobilização.

Martin Egídio Damy - Os alunos da Martin Egídio Damy,  na Brasilândia, zona norte da capital, decidiram em assembleia realizada na manhã de na segunda 16 ocupar o prédio. Eles são contrários ao fechamento do ensino médio naquela unidade. Os professores deixaram a escola e as aulas foram suspensas. A diretora foi fazer boletim de ocorrência e ainda não havia a presença de policiais na unidade.

De acordo com a professora de Sociologia Flavia Bischain Rosa, a manifestação é pela manutenção do ensino médio, que está sendo removido apesar de a escola não constar da lista oficial divulgada pela Secretaria Estadual da Educação.

"Os alunos estão sendo remanejados compulsoriamente para outra escola. Com isso, praticamente metade da escola está sendo fechada. O ensino de jovens e adultos (EJA) não está com novas matrículas e vai acabar na escola quando a atual turma terminar", diz.

A professora conta que, inicialmente, a escola constava da lista de escolas que provavelmente seriam fechadas. Com as manifestações, entre elas um vídeo com mais de 158 mil visualizações, a escola acabou excluída tanto da lista de extintas – ou disponibilizadas, como diz o governo – como das "reorganizadas".

Há no Martin Egídio o temor de fechamento nos próximos anos. A escola, que oferece também o ensino fundamental 2 (6º ao 9º ano), há dois anos não abre mais matrículas para o 6º ano. "Daqui a dois anos pode ser fechada."

Inaugurada em 1977, a escola tem a maioria de seus professores concursados, antigos, e atende a moradores da periferia da região norte, sobretudo das classes menos favorecidas. A maior demanda é pelo ensino médio.

Flavia conta que os pais são contrários às mudanças. O sábado 14, o dia de reunião de esclarecimentos sobre a "reorganização" com os pais – que o governo chamou de dia E – coincidiu com o de uma feira de ciências. "Colhemos centenas de assinaturas", diz.


Rede Brasil Atual, com edição da Redação - 17/11/2015
 
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