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Rio vai multar locais que proíbem amamentação

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Lei vai garantir o direito de mães amamentarem seus bebês em estabelecimentos de atendimento ao público; medida similar foi sancionada pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, em abril
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Rio de Janeiro – Com a Lei 7.115, publicada na quarta-feira 25 no Diário Oficial do estado, o Rio de Janeiro passou a  garantir o direito à amamentação em estabelecimentos de atendimento ao público. A legislação impede que estabelecimentos como bares, lojas ou restaurantes proíbam a amamentação, sob pena de multa, que pode ir de R$ 1,3 mil a R$ 2,7 mil, em caso de reincidência. Lei similar foi sancionada em abril pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e prevê multa de R$ 500 (e o dobro em caso de reincidência) a estabelecimentos que proibitem o aleitamento materno.

De autoria dos deputados Rosenverg Reis (PMDB) e Dr. Sadionel (PT), a lei estabelece que “independentemente da existência de áreas segregadas para o aleitamento, a amamentação é ato livre e discricionário entre mãe e filho e poderá ocorrer em qualquer local, mesmo onde seja proibido o consumo de alimentos”.

O deputado Rosenverg Reis explicou ter percebido que, em alguns estabelecimentos, principalmente em restaurante, as mães não podiam alimentar os filhos e, por isso, quis mudar essa realidade, que fere a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece que toda criança tem direito ao aleitamento materno.

“A mulher tem que ter liberdade para amamentar o filho, pois a criança não tem hora para falar que está com fome. A mãe não precisava arrumar lugar e se esconder para amamentar. Ela precisa ter essa liberdade”.

De acordo com a coordenadora das ações de aleitamento materno do Ministério da Saúde, Fernanda Monteiro, a pasta recomenda o aleitamento materno exclusivo durante seis meses e continuado até dois anos ou mais. Para ela, é um retrocesso proibir a amamentação em público.

“A gente tem trabalhado muito sobre os direitos da mulher e vê situações em que a mulher que está amamentando em público é questionada e solicitada para se retirar. Para mim, isso é um retrocesso. Eu acho que essa lei também é para colaborar com as conquistas das mulheres”, disse Fernanda.


Agência Brasil – 26/11/2015
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