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São Paulo – Segundo levantamento divulgado na segunda 16 pelo pelo Sindicato do Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), chega a 28 o número de escolas ocupadas por alunos e professores, em protesto contra a reorganização imposta pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), que pretende separar as escolas por ciclos e fechar ao menos 93 unidades.
Na manhã desta segunda-feira, mais cinco escolas foram ocupadas, na capital paulista e em Diadema, no ABC paulista. Na zona sul de São Paulo, a E.E. Neyde Apparecida Sollitto, no bairro Jardim das Palmas, a ocupação dos alunos contou com o apoio do Movimento dos Trablhadores Sem Teto (MTST). Também foram ocupadas as E.E. Flávio José Osório Negrini, no bairro do Ingá, a E.E. Saboya de Medeiros, na Chácara Santo Antonio, e a E.E. Sinhá Pantoja, no Recanto Santo Antonio.
Na zona oeste, na mesma manhã, foram ocupadas as E.E. João Kopke, no bairro Campos Elísios, que deve ter fechados o ensino médio e salas para Educação de Jovens e Adultos (EJA), e a E.E. Martin Egídio Damy, na Brasilândia. Em Diadema, a E.E. Delcio de Souza Cunha foi ocupada contra o fim do ensino médio noturno.
No sábado 14, a E.E. Mary Moraes, no Morumbi, também aderiu ao movimento de ocupação. Na zona leste, foi ocupada a E.E. Cohab Inácio Monteiro III.
Avanços - Na EE Diadema, a primeira escola a ser ocupada, conseguiu-se o esforço conjunto do movimento e Defensoria Pública, com a Apeoesp. Ficou definido que haverá um processo de discussão com a comunidade escolar para definição do futuro da escola da região do ABC.
Em Piracicaba, a EE Augusto Melega não será mais fechada. “Juntamente com a comunidade mobilizada, conversei com o Dirigente Regional de Ensino e mencionei o caso ao próprio Secretário Estadual da Educação, fazendo com que a escola, muito necessária para a aquela comunidade, fosse mantida”, diz a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.
A EE Professor Pio Telles Peixoto, uma das que foi ocupada pelos estudantes, não vai mais ter retirado o ensino fundamental. Por esta razão, está em processo de desocupação.
Outro exemplo é a EE Professor Otávio Martins de Souza, em Franca, que chegou a ser ocupada pelos estudantes, com apoio de professores e pais e manterá o ensino médio, que seria extinto na unidade. Mais um exemplo encontra-se na Zona Oeste. A EE Antônio Emílio de Souza Penna não mais perderá o ensino fundamental, mas a comunidade continuará mobilizada para que não sejam restringidas as matrículas no próximo ano.
Violência policial - O professor Edivan, espancado e preso no sábado 14 na reintegração de posse levada a cabo pela polícia sem autorização judicial na EE José Lins do Rego, no Jardim Ângela, zona sul da cidade de São Paulo, divulgou no domingo 15 nas redes sociais depoimento em favor da continuidade da mobilização.
“Minha dor é a dor que corrói as entranhas de uma sociedade doente, onde defender o justo, o correto, o digno e o óbvio constitui um crime. Não invadi a escola. Não destruí uma ponta de lápis do patrimônio público. Não estimulei violência de qualquer natureza. Não me satisfez ver sangue num espaço que deveria estimular sonhos. Amo a profissão que abracei. Amo a possibilidade de dialogar com vidas, de estimular seus potenciais, seus sonhos e seu desejo inalienável e sagrado de ser feliz”, afirmou o professor.
“O que me dói, de verdade, no corpo e na alma, é ser um educador num estado em que a educação pública agoniza e se debate em medidas paliativas, implementadas de forma unilateral e autoritária. Agradeço imensamente a todos que de um modo ou de outro externaram apoio e solidariedade num momento tão difícil. Agradeço o carinho de colegas, país e estudantes que tanto amo. Que o retrocesso e o obscurantismo não encontrem morada nestes dias em que fomos agraciados com a vida”, concluiu.
Reintegração de posse - O juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi, da 5ª Vara da Fazenda Pública, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, acatou na noite de sexta 13 recurso impetrado pelos advogados da Apeoesp, da Defensoria Pública e do Ministério Público, e derrubou decisão que determinava a reintegração de posse na Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros, zona oeste da capital. Um grupo de alunos ocupa o local desde a noite de terça-feira 10.
Segundo Bebel, o juiz considerou que a determinação de reintegração era inócua porque não iria frear o processo deflagrado pelos alunos. "Essa decisão fortalece a luta dos estudantes. Uma via de luta é pela rua, a outra é a jurídica. Nós ganhamos no jurídico."
Na manhã desta segunda-feira, mais cinco escolas foram ocupadas, na capital paulista e em Diadema, no ABC paulista. Na zona sul de São Paulo, a E.E. Neyde Apparecida Sollitto, no bairro Jardim das Palmas, a ocupação dos alunos contou com o apoio do Movimento dos Trablhadores Sem Teto (MTST). Também foram ocupadas as E.E. Flávio José Osório Negrini, no bairro do Ingá, a E.E. Saboya de Medeiros, na Chácara Santo Antonio, e a E.E. Sinhá Pantoja, no Recanto Santo Antonio.
Na zona oeste, na mesma manhã, foram ocupadas as E.E. João Kopke, no bairro Campos Elísios, que deve ter fechados o ensino médio e salas para Educação de Jovens e Adultos (EJA), e a E.E. Martin Egídio Damy, na Brasilândia. Em Diadema, a E.E. Delcio de Souza Cunha foi ocupada contra o fim do ensino médio noturno.
No sábado 14, a E.E. Mary Moraes, no Morumbi, também aderiu ao movimento de ocupação. Na zona leste, foi ocupada a E.E. Cohab Inácio Monteiro III.
Avanços - Na EE Diadema, a primeira escola a ser ocupada, conseguiu-se o esforço conjunto do movimento e Defensoria Pública, com a Apeoesp. Ficou definido que haverá um processo de discussão com a comunidade escolar para definição do futuro da escola da região do ABC.
Em Piracicaba, a EE Augusto Melega não será mais fechada. “Juntamente com a comunidade mobilizada, conversei com o Dirigente Regional de Ensino e mencionei o caso ao próprio Secretário Estadual da Educação, fazendo com que a escola, muito necessária para a aquela comunidade, fosse mantida”, diz a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.
A EE Professor Pio Telles Peixoto, uma das que foi ocupada pelos estudantes, não vai mais ter retirado o ensino fundamental. Por esta razão, está em processo de desocupação.
Outro exemplo é a EE Professor Otávio Martins de Souza, em Franca, que chegou a ser ocupada pelos estudantes, com apoio de professores e pais e manterá o ensino médio, que seria extinto na unidade. Mais um exemplo encontra-se na Zona Oeste. A EE Antônio Emílio de Souza Penna não mais perderá o ensino fundamental, mas a comunidade continuará mobilizada para que não sejam restringidas as matrículas no próximo ano.
Violência policial - O professor Edivan, espancado e preso no sábado 14 na reintegração de posse levada a cabo pela polícia sem autorização judicial na EE José Lins do Rego, no Jardim Ângela, zona sul da cidade de São Paulo, divulgou no domingo 15 nas redes sociais depoimento em favor da continuidade da mobilização.
“Minha dor é a dor que corrói as entranhas de uma sociedade doente, onde defender o justo, o correto, o digno e o óbvio constitui um crime. Não invadi a escola. Não destruí uma ponta de lápis do patrimônio público. Não estimulei violência de qualquer natureza. Não me satisfez ver sangue num espaço que deveria estimular sonhos. Amo a profissão que abracei. Amo a possibilidade de dialogar com vidas, de estimular seus potenciais, seus sonhos e seu desejo inalienável e sagrado de ser feliz”, afirmou o professor.
“O que me dói, de verdade, no corpo e na alma, é ser um educador num estado em que a educação pública agoniza e se debate em medidas paliativas, implementadas de forma unilateral e autoritária. Agradeço imensamente a todos que de um modo ou de outro externaram apoio e solidariedade num momento tão difícil. Agradeço o carinho de colegas, país e estudantes que tanto amo. Que o retrocesso e o obscurantismo não encontrem morada nestes dias em que fomos agraciados com a vida”, concluiu.
Reintegração de posse - O juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi, da 5ª Vara da Fazenda Pública, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, acatou na noite de sexta 13 recurso impetrado pelos advogados da Apeoesp, da Defensoria Pública e do Ministério Público, e derrubou decisão que determinava a reintegração de posse na Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros, zona oeste da capital. Um grupo de alunos ocupa o local desde a noite de terça-feira 10.
Segundo Bebel, o juiz considerou que a determinação de reintegração era inócua porque não iria frear o processo deflagrado pelos alunos. "Essa decisão fortalece a luta dos estudantes. Uma via de luta é pela rua, a outra é a jurídica. Nós ganhamos no jurídico."
Confira a relação de escolas que estão ocupadas
Diadema – Diadema – Desde 9/11
Fernão Dias Pais – Pinheiros – Desde 10/11
Godofredo Furtado – Pinheiros – Desde 13/11
Dona Ana Rosa de Araújo – Morumbi – Desde 13/11
Castro Alves – Vila Mazzei – Desde 12/11
Silvio Xavier – Piqueri – Desde 13/11
Salvador Allende Gossens – Desde 11/11
Cohab Inácio Monteiro – Cidade Tiradentes – Desde 13/11
Professora Heloisa Assunpção – Osasco – Desde 12/11
Antonio Manoel Alves de Lima – Santo Amaro – Desde 13/11
Carlos Gomes – Campinas – Desde 13/11
Valdomiro Silvleira – Santo André – Desde 12/11
Professor Oscavo de Paula e Silva – Santo André – Desde 13/11
Antonio Adib Chammas – Santo André – Desde 13/11
Elizeti de Oliveira Bertini – Embu das Artes – Desde 13/11
José Lins do Rego – Jardim Ângela – Desde 13/11
Comendador José Maluhy – Vila Nair – Desde 13/11
Suely Machado da Silva – Franca
Professor Pio Telles Peixoto – Vila Jaguara – Desde 13/11
Fernão Dias Pais – Pinheiros – Desde 10/11
Godofredo Furtado – Pinheiros – Desde 13/11
Dona Ana Rosa de Araújo – Morumbi – Desde 13/11
Castro Alves – Vila Mazzei – Desde 12/11
Silvio Xavier – Piqueri – Desde 13/11
Salvador Allende Gossens – Desde 11/11
Cohab Inácio Monteiro – Cidade Tiradentes – Desde 13/11
Professora Heloisa Assunpção – Osasco – Desde 12/11
Antonio Manoel Alves de Lima – Santo Amaro – Desde 13/11
Carlos Gomes – Campinas – Desde 13/11
Valdomiro Silvleira – Santo André – Desde 12/11
Professor Oscavo de Paula e Silva – Santo André – Desde 13/11
Antonio Adib Chammas – Santo André – Desde 13/11
Elizeti de Oliveira Bertini – Embu das Artes – Desde 13/11
José Lins do Rego – Jardim Ângela – Desde 13/11
Comendador José Maluhy – Vila Nair – Desde 13/11
Suely Machado da Silva – Franca
Professor Pio Telles Peixoto – Vila Jaguara – Desde 13/11
Mary Moraes – Morumbi – Desde 14/11
Cohab Inácio Monteiro III – Inácio Monteiro – Desde 14/11
João Kopke – Campos Elísios – Desde 16/11
Saboya de Medeiros – Chácara Santo Antônio – Desde 16/11
Professora Neyde Apparecida Sollitto – Jardim das Palmas – Desde 16/11
Flávio José Osório Negrini – Ingá – Desde 16/11
Martin Egídio Damy – Brasilândia – Desde 16/11
Sinhá Pantoja – Recanto Santo Antonio – Desde 16/11
Delcio de Souza Cunha – Diadema – Desde 16/11
Rede Brasil Atual - 16/11/2015
(Atualizada às 17h50)
Cohab Inácio Monteiro III – Inácio Monteiro – Desde 14/11
João Kopke – Campos Elísios – Desde 16/11
Saboya de Medeiros – Chácara Santo Antônio – Desde 16/11
Professora Neyde Apparecida Sollitto – Jardim das Palmas – Desde 16/11
Flávio José Osório Negrini – Ingá – Desde 16/11
Martin Egídio Damy – Brasilândia – Desde 16/11
Sinhá Pantoja – Recanto Santo Antonio – Desde 16/11
Delcio de Souza Cunha – Diadema – Desde 16/11
Rede Brasil Atual - 16/11/2015
(Atualizada às 17h50)
