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Chapéu
Internacional

América Latina unida na defesa dos bancos públicos

Linha fina
Começou na terça-feira 14, no Uruguai, a IV Reunião da Aliança Latino-americana em Defesa dos Bancos Públicos; Sindicato participa
Imagem Destaque

São Paulo – Dirigentes sindicais de toda a América Latina estão reunidos em Montevidéu (Uruguai), nos dias 14 e 15, para a IV Reunião da Aliança Latino-americana em Defesa dos Bancos Públicos. No encontro, as campanhas em defesa da Caixa 100% Pública e dos demais bancos públicos brasileiros – que sofrem um desmonte com intenções privatistas por parte do governo Temer –, ganhará envergadura internacional, sendo endossadas pelas entidades sindicais bancárias que integram a UNI Américas Finanças.

> Cartilha em Defesa dos Bancos Públicos

“O apoio de entidades sindicais internacionais,  reunidas na UNI Américas Finanças, é muito importante. Sabemos que o avanço de políticas neoliberais não se dá somente no Brasil, mas em todo o mundo, especialmente nos países da América Latina. Nossa luta é conjunta. Se o capital se organiza globalmente, a resistência dos trabalhadores também deve ser internacional”, diz o diretor do Sindicato e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

“No primeiro dia de reunião, tivemos relatos de companheiros sindicalistas sobre as lutas em seus países. Na Argentina, o neoliberal Macri desmonta a estrutura estatal e ataca direitos dos trabalhadores. No Peru, o poder está majoritariamente  nas mãos da direita neoliberal, que se aproveita da desilusão com a política e do desinteresse da população em participar das eleições. No Chile, trabalhadores organizados são perseguidos e têm direitos atacados. No último período, 167 companheiros, líderes sindicais, foram assassinados na Colômbia. Somos solidários e apoiamos os companheiros de toda a América Latina. Estamos todos juntos na defesa dos direitos dos trabalhadores, da soberania dos nossos países e na luta por uma sociedade mais justa e menos desigual", acrescenta. 

Brasil em foco – No evento, será apresentado painel sobre a importância dos bancos públicos para o país, o desmonte dessas instituições e as intenções privatistas do governo Temer.

“Os bancos públicos, como a Caixa, são responsáveis pela operação de diversos programas sociais e são essenciais para o desenvolvimento do país. Além disso, em momentos de crise, como a de 2008, enquanto bancos privados retraíram sua oferta, os bancos públicos brasileiros ofertaram maior volume de crédito, mais barato, dinamizando a economia em um momento adverso. Entre outras medidas anticíclicas, a atuação dos bancos públicos foi fundamental para que o Brasil passasse pela crise internacional sem maiores problemas na economia, Porém, na atual crise econômica, o governo Temer, de profunda inspiração neoliberal, promove o desmonte dos bancos públicos, reduz quadro de funcionários, fecha agências e dinamita o papel social das instituições. O governo Temer tem atuado exatamente no sentido contrário ao fortalecimento do mercado de crédito no Brasil”, pontua Dionísio. 

A Contraf-CUT produziu vídeo (assista abaixo) explicando a origem e história dos bancos públicos brasileiros e sua importância no desenvolvimento econômico e social do país.

Defender a democracia e lutar contra o neoliberalismo – Depois de encerrada a IV Reunião da Aliança Latino-americana em Defesa dos Bancos Públicos, será realizada também em Montevidéu, entre os dias 16 e 18, a Jornada Latino-americana pela Democracia e contra o Neoliberalismo.  

Na jornada, a UNI Américas Finanças abre espaço de confluência de diferentes expressões organizadas de todo o continente, reunindo mulheres, jovens, indígenas, camponeses, intelectuais, ativistas para a diversidade sexual e sindicalistas em uma agenda comum, que prioriza a defesa da democracia, soberania e integração dos povos.

“A Aliança Latino-americana em Defesa dos Bancos Públicos apoia e estará presente na Jornada Latino-americana pela Democracia e Contra o Neoliberalismo. Temos no recente caso do Brasil um dos maiores exemplos de que a democracia na América Latina já sofre ataques do capital internacional, que age para desestruturar e destituir governos populares democraticamente eleitos para colocar em prática políticas neoliberais, reduzindo direitos sociais e trabalhistas”, conclui Dionísio.

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