São Paulo – Frente a um dos maiores retrocessos do país, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) vai discutir neste mês de novembro, data em que se celebra a Consciência Negra, o atraso brutal nas políticas de combate ao racismo e como atravessar este momento de golpe que atinge principalmente a população negra.
A atividade começa com um ato ecumênico pelo fim da intolerância religiosa, na terça-feira 8, às 14h, na sede da Central, e vai reunir militantes da luta antirracista que discutirão temas como racismo estrutural – além de reunir exposições culturais e o relançamento da Campanha Basta de Racismo no Trabalho e na Vida.
O Dia da Consciência Negra lembra a data da morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, perseguido e assassinado em 20 de novembro de 1695. A data foi incluída no calendário escolar nacional em 2003. Em 2011 a Lei 12.519 instituiu oficialmente a data como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, que é feriado em algumas cidades brasileiras.
No país em que a escravidão se perpetuou por mais de 300 anos, se naturalizou, infelizmente, os discursos opressivos contra a população negra.
Para Júlia Nogueira, secretária nacional de Combate ao Racismo, é preciso criar formas de lutar contra o racismo e contra o genocídio de jovens negros. “Fechar os olhos para este problema é deixar mais de 50% da população brasileira sem respostas para enfrentar os retrocessos que estamos vivendo”, afirma a dirigente.
O evento é organizado pelas secretarias Nacional de Combate ao Racismo e de Cultura da CUT, em parceria com as secretaria de Combate ao Racismo e de Cultura da CUT São Paulo.
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