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Santander: Sindicato fecha agências para bancários poderem almoçar

Linha fina
Dirigentes conversaram com trabalhadores de quatro agências do banco na zona norte, na manhã desta terça-feira; falta de funcionários causa sobrecarrega de trabalho, atrasa horário de almoço dos funcionários e causa espera de cerca de uma hora para clientes
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Foto: Seeb-SP

O Sindicato fechou no início da tarde desta terça-feira, por duas horas, quatro agências do Santander na zona norte de São Paulo (Limão, Casa Verde, Mandaqui e Vila Zilda). Nestes locais, as demissões de trabalhadores e a respectiva sobrecarga de trabalho têm causado espera de cerca de uma hora para clientes. Por conta disso, muitos bancários são obrigados a atrasar o horário do almoço. No caixa, quem precisa ir ao banheiro tem de pedir para outro funcionário da agência ficar em seu lugar.  

Na manhã desta terça-feira, antes do fechamento dos locais para que os bancários pudessem almoçar tranquilamente e no horário, dirigentes do Sindicato conversaram com os trabalhadores.

“O banco desrespeita a lei estadual 10.993/2001, que estabelece que o tempo máximo de espera para atendimento bancário presencial não deve ultrapassar 15 minutos. Esse tempo aumenta para 30 minutos em dias de pagamento de funcionários públicos. Contudo, na primeira quinzena do mês, o atendimento nestas quatro agências chega a demorar uma hora, o que é inadmissível”, enfatiza o dirigente sindical André Bezerra, bancário do Santander.

“O Santander apresentou lucro líquido de R$ 10,824 bilhões nos primeiros nove meses deste ano, um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. E o Brasil lidera o resultado global do grupo no mundo, com 29% do grupo. Mas os bancários; com demissões, sobrecarga de trabalho, adoecimento e direitos cortados; e os clientes brasileiros, com a cobrança de juros e tarifas abusivas, continuam sendo penalizados pelo banco espanhol, que deveria contratar para desafogar os trabalhadores, suprir a demanda da região e reduzir o tempo de espera do cliente em filas. Caso a situação não se resolva, os protestos irão aumentar”, acrescenta.

Para Anderson Pirota, também dirigente e bancário do Santander, o Santander enxerga apenas o lucro na frente e se esquece do fator humano. “O banco tem uma bela propaganda em horário nobre na tevê. Aparece o mundo perfeito, mas a situação das agências revela o contrário, algo totalmente desconexo dessa propaganda, um total desrespeito com trabalhadores e clientes”, salienta.

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