A campanha 21 Dias de Ativismo Contra a Violência às Mulheres, versão brasileira da campanha global, teve início no último dia 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra. No Brasil, a mobilização abrange o período de 20 de novembro a 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
No dia 25 de Novembro, quinta-feira, Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, será realizado um encontro organizado pela Rede UNI Mulheres Brasil, braço da UNI Global Union - sindicato global que representa mais de 20 milhões trabalhadores, do qual o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região faz parte - para debater a ratificação da convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que define violência e assédio como comportamentos, práticas ou ameaças que provocam danos físicos, psicológicos, sexuais ou econômicos contra trabalhadores e trabalhadoras.
O encontro será das 9h às 13h, no Sindicato dos Trabalhadores em empresas de Prestação de Serviço de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana (Siemaco), na alameda Eduardo Prado, 626/648, Campos Elísios, São Paulo. Também haverá a possibilidade de participação online e transmissão pelo canal do YouTube do Siemaco (confira abaixo a programação completa).
“O Sindicato dos Bancários de São Paulo sempre teve como uma das suas principais bandeiras o combate à violência contra a mulher e a luta pela equidade de gênero, seja no local de trabalho ou em qualquer outro contexto. A entidade foi pioneira ao criar o projeto Basta! Não irão nos calar, que oferece atendimento jurídico especializado e gratuito à mulheres vítimas de violência, que agora se espalha, por meio da Contra-CUT, para outros sindicatos da categoria em todo o país. Além disso, conquistamos cláusulas na nossa Convenção Coletiva de Trabalho de apoio à trabalhadora vítima de violência como, por exemplo, a realocação da vítima de violência em outro local de trabalho, garantindo o sigilo do mesmo”, destaca a secretária de Imprensa e Comunicação do Sindicato, Marta Soares.
“Nesta luta, a ratificação da Convenção 190 pelo Brasil é fundamental, a exemplo do Uruguai e Argentina na América Latina, uma vez que abrange uma série de violências as quais mulheres estão expostas nas relações de trabalho. Para isso, é necessário que a população em geral entenda a importância deste compromisso para que parlamentares e demais autoridades públicas se sintam pressionadas a encaminhar a ratificação. No atual contexto político do país, no qual temos no poder um presidente abertamente machista e misógino, esta luta torna-se ainda mais urgente”, conclui Marta.