Quando o bancário adoece e precisa se afastar do trabalho é comum que ele se sinta perdido e não saiba como proceder para buscar o seu benefício no INSS de forma assertiva e também os direitos que lhe são garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) como, por exemplo, o adiantamento salarial e o salário emergencial.
O Sindicato possui a campanha Menos Metas Mais Saúde, que visa esclarecer os trabalhadores sobre as metas abusivas, além de estar em constante negociação com os bancos para que os bancários não adoeçam nos locais de trabalho. Porém, a realidade é que a categoria enfrenta níveis altíssimos de adoecimento, sobretudo por questões relacionadas com a saúde mental.
E os bancos, que deveriam orientar os trabalhadores neste momento de vulnerabilidade, na grande maioria das vezes tratam o trabalhador adoecido com desdém, não fornecem informações precisas, e acabam prejudicando o processo da concessão do benefício pelo INSS e também o pagamento dos direitos previstos na CCT.
“A situação só fluiu quando o Sindicato entrou no processo”
“Em nenhum momento tive o apoio do banco em querer me ajudar a resolver as questões burocráticas com o INSS e das leis (…) Demoram dois dias para responder um e-mail e, quando respondem, fazem de forma vaga ou até mesmo seca, como se a gente estivesse mal intencionado”, descreve uma bancária do Bradesco que teve de se afastar por conta de um quadro de Burnout e depressão, desenvolvido em decorrência da pressão por metas e assédio moral.
Por conta da falta de apoio do banco, e até mesmo de orientações equivocadas que recebeu, a bancária ficou meses sem qualquer rendimento. A situação só começou a ser solucionada quando ela buscou o apoio do Sindicato, por meio de sua secretaria de Saúde e Condições de Trabalho.
“A situação só fluiu quando o Sindicato entrou no processo. Em nenhum momento me deixaram desamparada e me deram todas as informações possíveis e de forma clara (…) Sem vocês, não temos amparo. Sem vocês, não há luta e nem esperança”, relatou a trabalhadora. “Hoje, se ver algum colega passando pela mesma situação, oriento a procurar direto o Sindicato. O que me salvou foi isso”, completou.
“Os bancos, que praticam um modelo de gestão adoecedor, fundamentado na pressão desumana pelo cumprimento de metas abusivas e assédio moral, abandonam o trabalhador quando adoece. Não existe qualquer fluxo eficaz de acolhimento e orientação por parte dos bancos para amparar o bancário. Inclusive, esta é uma cobrança feita em negociação com a Fenaban pelo Coletivo Nacional de Saúde da Contraf-CUT, que apresentou proposta de fluxo de acolhimento do trabalhador adoecido pelos bancos, de forma humanizada e com informações assertivas e claras”, enfatiza a secretária de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Valeska Pincovai.
Procure o Sindicato
“O bancário, assim que necessitar se afastar do trabalho por motivo de saúde, sendo ele causado pelo trabalho ou não, pode sempre contar com o apoio e acolhimento do Sindicato. É essencial que ele esteja bem orientado e munido de todas as informações sobre como proceder para que supere este momento delicado da melhor forma possível, com todos os seus direitos garantidos”, orienta Valeska.
O Sindicato recentemente aperfeiçoou seu Canal de Denúncias, que garante total sigilo e retorno efetivo para cada caso. O bancário pode também entrar em contato por meio da Central de Atendimento remota, por chat, e-mail e WhatsApp, ou ainda pelo telefone 3188-5200.