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Chapéu
Assembleia virtual

Bancários do Citibank aprovam ACT que garante PPR e outros direitos

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Arte com o fundo azul, o logo do Citibank e um sinal de "check" indicando aprovação, dentro de um balão verde

Os bancários do Citibank aprovaram Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) sobre Programa Próprio de Participação nos Lucros e Resultados (PPR), para o exercício de 2023. O acordo também garante que o banco não irá terceirizar nenhuma de suas atividades em um período de um ano após sua assinatura; e também regras para a cobrança de metas mais favoráveis aos trabalhadores; e o aumento no valor do vale-refeição.

A deliberação ocorreu em assembleia virtual (online) realizada na sexta-feira 17.

Veja os principais pontos do acordo sobre PPR:

  • O programa de PPR permanece garantindo valores adicionais e sem qualquer compensação em relação a PLR prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária;
  • Houve reajuste quanto aos valores mínimos;
  • O programa considera o resultado da meta global e a avaliação dos empregados;
  • Há previsão de pagamento único, a ser feito junto com a PLR final da CCT, mas o banco pretende antecipar, atendendo também a uma solicitação do Sindicato;
  • Estão excluídos do programa os diretores e presidente, além dos empregados dispensados por justa causa;
  • Foi autorizada cobrança da contribuição negocial;

Acordo garante que o banco não vai terceirizar

Embora a maioria dos bancos tenham se utilizado da legislação para terceirizar as suas atividades, o Sindicato, mediante intensa negociação com o Citibank, conseguiu manter o compromisso da instituição financeira em não terceirizar as suas atividades bancárias em até um ano após a assinatura deste acordo.

“É uma garantia importante diante do avanço desenfreado da terceirização praticado por todos os bancos, reflexo da aprovação da reforma trabalhista, na esteira do golpe parlamentar de 2016. O Sindicato segue na luta para assegurar que todos os trabalhadores de bancos pertençam à categoria bancária, garantindo, desta forma, todos os direitos da CCT bancária, como PLR; VA e VR que, somados, totalizam R$ 1.896,83; 13ª cesta-alimentação; auxílio-creche de R$ 630 e dezenas de outros”, afirma o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo Flávio Monteiro Moraes.

Cobrança de metas e aumento do valor do VR

O acordo aprovado também garante duas conquistas resultantes da negociação com a direção do Citibank.

O aumento do valor do auxílio refeição para R$ 54 por dia, o que representa aumento de 12% em comparação ao valor do benefício previsto na CCT;

E ainda, outra questão que foi bastante discutida com o Citibank, a previsão da cláusula 87 da CCT – o texto prevê o debate sobre as formas de acompanhamento das metas estipuladas para cada trabalhador e suas cobranças.

O Sindicato, preocupado com as consequências das cobranças por metas e ainda pelo adoecimento da categoria bancária como um todo, tem negociado com todas as instituições financeiras sobre o assunto, a fim de manter os ambientes de trabalho mais equilibrados e saudáveis.

Assim, com o Citibank não foi diferente. E a negociação avançou no sentido de o banco garantir algumas condições especiais, tais como:

  • As metas devem ser ajustadas, em comum acordo, com os empregados e, após a sua definição, não poderão ser alteradas para prejudicar os trabalhadores;
  • Caso sejam necessárias revisões de metas, essas deverão ocorrer em comum acordo e em períodos nunca inferiores a três meses;
  • As metas, uma vez apresentadas aos empregados, poderão ser acompanhadas periodicamente, mas não poderá ser imposta a entrega imediata, e deve-se respeitar todas as fases de acompanhamento;
  • O banco fará todas as orientações aos gestores e proporcionará treinamentos para coibir eventuais abusos;
  • Caso haja qualquer dúvida por parte dos empregados e gestores, o departamento de Recursos Humanos ficará responsável pelas interlocução e informações, e o Sindicato também poderá ser acionado se houver qualquer dificuldade nessa relação.

“A garantia da cobrança de metas com regras mais claras e favoráveis aos trabalhadores, clausuladas em acordo coletivo, é um avanço muito grande diante da epidemia de adoecimentos mentais que acometem os trabalhadores de bancos, obrigados a enfrentar diariamente a cobrança abusiva pelo cumprimento de resultados inatingíveis. O Sindicato segue em negociação permanente com a Fenaban e com os demais bancos para que todas as instituições financeiras exijam metas civilizadas e que respeitem a saúde dos seus empregados. O lucro não pode ficar acima da saúde”, afirma Flávio Monteiro Moraes.

“A aprovação deste acordo reforça a importância do Sindicato, que se mantém através das mensalidades dos seus associados. Por isto é importante que todos se mantenham sindicalizados, a fim de ajudar no fortalecimento da entidade e em mais resultados favoráveis aos trabalhadores. É importante que os bancários se mantenham próximos ao sindicato, relatando eventuais descumprimentos [veja canais abaixo] dos termos do acordo aprovado.”

Flávio Monteiro Moraes, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo

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